Valor das rendas desce em Lisboa e Porto no primeiro trimestre face ao anterior

No 1º trimestre de 2021 a renda mediana dos 19 472 de novos contratos de arrendamento em Portugal atingiu 5,80 €/m2.

São estes os dados das Estatísticas de Rendas da Habitação ao nível local, realizadas pelos Instituto Nacional de Estatística, que indica que este valor representa uma variação homóloga de +5,5% no país, superior à observada no trimestre anterior (+3,8%).  Existiu uma redução do número de novos contratos de arrendamento no país face ao 1º trimestre de 2020 (-6,5%). A análise indica que a variação homóloga das rendas não foi uniforme, em 10 dos 24 municípios com mais de 100 mil habitantes as rendas tiveram uma evolução negativa.

Em destaque estão as áreas metropolitanas com valores de novos contratos de arrendamento mais elevados e simultaneamente com diminuição homóloga das rendas medianas, os municípios de Lisboa (-9,2%), Porto (-6,7%), Oeiras (-6,2%), Odivelas (-3,1%) e Almada (-1,1%).

No 1º trimestre de 2021, a Autónoma dos Açores (+6,5%), Ave (+2,3%) e Cávado (+1,2%) foram as únicas em que aumentou o número de novos contratos de arrendamento face ao período homólogo. Nas restantes sub-regiões, segundo refere o INE, o número de novos contratos diminuiu, destacando-se o Alto Alentejo (-27,6%), Baixo Alentejo (-20,0%). Face ao período homólogo, no 1º trimestre de 2021 a renda mediana aumentou em 17 das 25 sub-regiões, salientando-se Terras de Trás-os-Montes (+27,1%), Alto Minho (+11,2%) e Viseu Dão Lafões (+9,4%) que registaram os maiores crescimentos homólogos.

Observaram-se reduções das rendas em Lisboa, Porto, e Almada, face ao período homólogo. Entre os 24 municípios com mais de 100 mil habitantes, no 1º trimestre de 2021, apenas em quatro se registaram variações homólogas positivas da renda mediana e superiores à variação nacional: Gondomar (+12,0%), Guimarães (+9,8%), Loures (+7,6%) e Santa Maria da Feira (+8,3%), neste último caso num contexto em que se reduziram substancialmente o número de novos arrendamentos.

Existiu também um aumento do número de novos contratos de arrendamento, face ao período homólogo em Barcelos (+13,4%), Vila Nova de Famalicão (+8,3%), Almada (+4,5%), Porto (+3,4%), Lisboa (+3,1%) e Braga (+2,0%). Destacam-se os municípios das áreas metropolitanas que apresentaram uma diminuição da renda mediana: Lisboa (-9,2%), Porto (-6,7%), e Almada (-1,1%).

O resultado da estatística do INE indica que no 1º trimestre de 2021, nos 24 municípios com mais de 100 mil habitantes, tal como no trimestre anterior, todos os municípios das áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, com exceção, nesta última, de Santa Maria da Feira e Gondomar, registaram rendas medianas com níveis superiores à nacional, mas variações homólogas diferenciadas.