Preços da habitação subiram 9,4% em 2021

A subida dos preços foi mais intensa nas habitações existentes (9,6%) do que nas habitações novas (8,7%).

De acordo com o resultado do Índice de Preços da Habitação (IPHab), divulgado hoje pelo Instituto Nacional de Estatística, os preços da habitação aumentaram 9,4% em 2021 e 11,6% no 4º trimestre de 2021.

Segundo o INE, o Índice de Preços da Habitação apresentou em 2021 uma variação média anual de 9,4%, mais 0,6 pontos percentuais que a registada em 2020. Os dados revelam que a subida dos preços foi mais intensa nas habitações existentes (9,6%) do que nas habitações novas (8,7%).

A taxa de variação homóloga do IPHab fixou-se, no 4º trimestre de 2021, em 11,6%, 0,1 p.p. acima do registado no trimestre anterior. Neste período, os preços das habitações existentes subiram a um ritmo superior ao das habitações novas, 11,9% e 10,6%, respetivamente.

Em 2021, transacionaram-se 165 682 habitações, mais 20,5% que no ano anterior. Neste período, o valor das transações totalizou 28,1 mil milhões de euros, traduzindo-se num aumento de 31,1% comparativamente ao ano anterior. As habitações existentes evidenciaram um crescimento de 22,1% e 34,2%, respetivamente, no número e no valor das transações. No que diz respeito às habitações novas, apurou-se um aumento de 12,9% no número de transações e de 21,7% no valor.

Realizaram-se 45 885 transações, nos últimos três meses de 2021, representando um crescimento homólogo de 17,2% e um aumento, face ao trimestre anterior, de 5,6%. No 4º trimestre de 2021, as transações totalizaram 8,2 mil milhões de euros, mais 34,9% face a idêntico período de 2020.

O INE indica ainda que em 2021, as transações de habitações cujo comprador pertencia ao setor institucional das Famílias, representaram 85,6% e 85,7%, respetivamente, em número e valor total das transações registadas.

O valor das vendas de habitações cujo comprador apresentava o Território Nacional como domicílio fiscal atingiu, no período compreendido entre 2019 e 2021, 64,8 mil milhões de euros (89,8% do total). A União Europeia e os Restantes Países, enquanto domicílios fiscais dos compradores, registaram montantes semelhantes, 3,8 mil milhões de euros e 3,5 mil milhões de euros, pela mesma ordem.

Numa análise por regiões, em 2021, o Norte, apresenta um total de 47 699 transações e a Área Metropolitana de Lisboa, com 51 014 unidades, concentraram 59,6% do número total de transações, o peso relativo conjunto mais baixo desde 2009.  As duas regiões foram as únicas a evidenciar reduções homólogas das respetivas quotas relativas regionais, de 0,4 p.p. e 0,8 p.p., pela mesma ordem.

Na região Centro apuraram-se 33 885 transações, o que correspondeu a 20,5%, mais 0,2 p.p. relativamente ao ano anterior. Mais abaixo, no Alentejo e Algarve as transações ascenderam a 12 227 e 14 563 unidades, respetivamente. Em ambos os casos, representaram aumentos dos respetivos pesos relativos, de 0,3 p.p. para um total de 7,4%, no Alentejo, e de 0,6 p.p. no Algarve, fixando-se em 8,8%.

Na Região Autónoma dos Açores apuraram-se 2 723 transações, ou seja, 1,6% do total, a mesma percentagem observada em 2020. Já a Região Autónoma da Madeira representou 2,2% do número total das transações, mais 0,2 p.p. relativamente ao ano transato.