São estes os dados hoje apresentados referentes à Análise de Conjuntura do Setor da Construção, relativamente ao mês de julho, realizada pela AICCOPN (Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas). Segundo o INE, no segundo trimestre de 2021 a atividade económica em Portugal registou uma recuperação significativa, verificando-se um crescimento do PIB de 15,5%, face ao trimestre homólogo. Mesmo sendo a maior subida desde 1996, esta é uma evolução que resulta, sobretudo, de um efeito base, uma vez que as restrições sobre a atividade económica provocadas pela pandemia fizeram-se sentir de forma mais intensa no segundo trimestre de 2020, tendo-se registado uma variação homóloga trimestral de -16,4% nesse período.
Quanto aos últimos indicadores disponíveis sobre a atividade da construção verifica-se que, de janeiro a maio de 2021, ocorreu um aumento da procura direcionada para o segmento da construção e reabilitação de edifícios, com as licenças de construção emitidas pelas Câmaras Municipais a registarem um incremento de 18,7%, em termos homólogos, em face de variações de 19,3% nas construções novas e de 17,0% nas obras de reabilitação licenciadas. Relativamente às licenças emitidas para construção de fogos em construções novas, apura-se um crescimento de 15,4% para 11.800.
No que respeita à concessão de novo crédito à habitação pelas instituições financeiras, de janeiro a maio de 2021, atingiu-se um montante médio mensal de 1.177 milhões de euros, correspondendo a um aumento de 30,5%, face aos mesmos meses do ano anterior. A avaliação bancária na habitação, no mês de junho, manteve a trajetória de valorização com um crescimento de 8,6% face a igual mês do ano anterior, para 1.215€/m2, valor que corresponde a um novo máximo histórico.
Relativamente ao primeiro semestre de 2021, no segmento de engenharia civil o montante promovido de concursos de obras públicas totalizou cerca de 2.203 milhões de euros, o que corresponde a uma quebra de 17,7% face aos 2.678 milhões promovidos em igual período do ano anterior. O resultado da análise destaca ainda que no que concerne às empreitadas de obras públicas, objeto de celebração de contrato e registo no Portal Base nos primeiros 6 meses de 2021, verifica-se que estas atingiram um volume de 1.867,4 milhões de euros, o que traduz um aumento de 68,1% em termos de variação homóloga temporalmente comparável.
