De acordo com o Office Flashpoint da JLL, maio é o melhor mês desde o início do ano, com a ocupação de escritórios no mercado português a apurar crescimentos mensais de 78% em Lisboa e 108% no Porto.
Em termos de absorção, foram colocados 9.900 m2 no mercado de Lisboa, o que confirma uma melhoria de 78% face a abril. Em maio, foram concluídas 11 operações de arrendamento, todas para ocupação imediata, com uma área média de 900 m2, e das quais quatro envolveram a tomada de áreas superiores a 1.000 m2. A JLL atuou em quatro negócios, um dos quais a segunda maior levada a cabo neste mês – a instalação da Embaixada do Brasil numa área de 1.270 m2 no edifício Pórtico. A zona 5 – Parque das Nações, captou a maior fatia da ocupação (57%), com o setor das TMT’s & Utilities a liderar, sendo responsável por 49% da procura.
Em termos acumulados, até maio foram concluídas 62 operações e ocupados 35.380 m2 em Lisboa, com quebras de 28% e de 76%, respetivamente, face aos níveis de atividade registadas no mesmo período do ano passado.
No mercado do Porto, maio também se destacou como o mês mais dinâmico de 2023, onde a absorção mais que duplicou (108%) face a abril, para 8.350 m2. Com 88% da ocupação a corresponder a arrendamento e 12% a subarrendamentos, apenas 32% da área transacionada estava disponível para ocupação imediata, com os restantes 68% a terem sido contratados em pré-arrendamento. A Zona Empresarial do Porto – zona 3, foi o eixo mais ativo, ao captar 68% da ocupação mensal, e o setor mais dinâmico foi o dos Consultores e Advogados, responsável por 72% da área transacionada. Das sete operações concluídas em maio, uma envolveu a tomada de uma área superior a 5.500 m2, impulsionando a área média por operação para 1.190 m2.
Entre janeiro e o final de maio, foram concluídas 26 operações no mercado de escritórios do Porto, menos 10% que no período homólogo, totalizando uma absorção de 20.045 m2, numa quebra anual de 15% face aos primeiros cinco meses de 2022.
De acordo com Sofia Tavares, Head of Office Leasing da JLL, “Após um 2022 recorde, 2023 tem sido um ano bastante mais moderado na ocupação de escritórios no mercado português, tanto em Lisboa como no Porto. As empresas continuam ativas na procura de espaços, naturalmente com expetativas mais cautelosas nas suas estratégias de mudança e expansões face à evolução da economia. Além disso, continuamos a operar num mercado com falta de stock moderno e de qualidade pronto a ocupar, tendo em conta que boa parte do stock em fase de conclusão já se encontra pré-arrendado. Contudo, a expetativa é que possamos continuar a assistir a uma evolução positiva da atividade de mês para mês, sendo que à medida que algumas das obras já no terreno vão avançando, possamos também avançar na ocupação”.