APPACDM da Trofa vai ser alvo de requalificação para a valência de Lar Residencial

A intervenção visa a requalificação e reabilitação do atual edificado.

A Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental vai sofrer uma profunda intervenção, que visa a requalificação e reabilitação do atual edifício para a valência de Lar Residencial. O projeto é da autoria do gabinete de arquitetura ad quadratum arquitetos.

O processo de intervenção prevê, de forma criteriosa, um conjunto de ações de demolição e construção, visando a configuração de espaços eficientes, seguros e adequados à resposta social ambicionada, de modo a adequar o edifício já existente para a valência de Lar Residencial para cidadãos portadores de deficiência, cumprindo as melhores práticas de acessibilidade, previstas no Decreto-Lei n.º 163/2006, de 8 de Agosto.

O local é na sua maioria, ocupado por edificação de três pisos, e diversos logradouros, conjunto que se encontra sem qualquer ocupação e praticamente vazio, sendo que apresenta indícios de degradação e avarias decorrentes de deficiências construtivas e também da falta de manutenção.

A intervenção abrange não só uma pequena área de ampliação, a recomposição pontual de fachadas, mas também a qualificação dos espaços exteriores, que estão adjacentes ao edificado. Os espaços interiores do novo edifício da APPACDM da Trofa, serão distribuídos em total observância com o quadro regulamentar e legal aplicável, nomeadamente a portaria n.º 59/2015 de 2 de Março, que inclui a receção, direção e serviços administrativos, instalações para profissionais, espaços de convívio e atividades, instalações sanitárias, refeitório, alojamento, cozinha, lavandaria e serviços de apoio.

Prevê-se que a intervenção, com processo já licenciado, seja realizada numa única fase, tendo em conta as características da pretensão. Esta ação vai dotar o conjunto edificado de uma nova orgânica de funcionamento, apresentando de modo eficiente todo um conjunto de sistemas otimizados para a sua operacionalização, dos quais se destacam a a conceção padronizada das unidade de alojamento, que visa a uniformização dos procedimentos e a equidade das condições de conforto e serviço, dotar as condições de segurança, seja ativa ou passiva, a vários níveis, incluindo contra o risco de incêndio e a acessibilidade universal.

Segundo José António Lopes, arquiteto responsável e CEO do gabinete ad quadratum arquitectos, “É propósito do projeto estabelecer como condições a plena integração e respeito pelos utentes deste edifício. A edificação que serve de base à intervenção apresenta-se como um “esqueleto” suscetível de recondicionamento (em alguns parâmetros, profundo) e uma pequena ampliação, adequando-o ao organograma funcional, regulamentar e legalmente muito condicionado desta tipologia de edifícios, onde impera a configuração de espaços eficientes, seguros e acessíveis”.

O arquiteto responsável acrescenta ainda que, “Um edifício, um espaço, um equipamento público, um produto ou um serviço dito “inclusivo” ou “para Todos”, garante, necessariamente, um leque maior de utilizadores, maior frequência de uso, comodidade das interações e, numa lógica mais radicalmente económica, um alargamento do mercado alvo, das margens de lucro e da reputação ou imagem pública do produto, serviço, instituição ou da cidade no seu todo”.