RE/MAX ultrapassa as 15 mil transações imobiliárias no 1º trimestre

O total de volume de preços rondou os 1,4 mil milhões de euros.

A RE/MAX finalizou os primeiros três meses do ano com um volume de preços de cerca de 1,4 mil milhões de euros, relativos a 15.428 transações, sendo 3.752 de arrendamento e as restantes 11.679 de compra e venda de imóveis.1

A consultora fechou os primeiros três meses do ano com uma descida destes indicadores, face ao primeiro trimestre de 2022, em função do contexto económico e numa quebra da procura, devido à elevada subida da inflação e aumento das taxas de juro. Tal como registado anteriormente, foram os portugueses que mais adquiriram ou arrendaram um imóvel (74%). No que diz respeito aos investidores além-fronteiras, são os brasileiros, angolanos e norte-americanos que mais negoceiam em imobiliário.

No que toca a novas angariações, foram registadas no primeiro trimestre de 2023 um total de 17.687, sendo este um número idêntico ao primeiro trimestre do ano anterior (17.715). O mês que se destacou foi março, com um acumulado de 6.830 angariações, tendo observado um crescimento de 4,6% quando comparado ao mesmo período homólogo de 2022 (6.529) e 26% face a fevereiro (5.420).

Numa análise ao número de transações negociadas por distrito, Lisboa mantém a liderança do Top 10, ao totalizar 5.638 transações, a que corresponde 36,5%. Seguem-se os distritos do Porto (13,1%), Setúbal (10,3%), Braga (6,7%), Faro e Santarém (4,2%cada), Leiria (4%), Coimbra (3,9%), Aveiro (3,8%) e Viseu (2,3%). No total, os 10 distritos portugueses que representam 89% dos imóveis transacionados pela RE/MAX neste período. De destacar ainda as Ilhas, 13ª posição dos Açores e a 16ª da Madeira, com um número de transações de 211 (1,4%) e de 151 (1%), respetivamente, que observaram crescimento de 11% em volume de negócios.

Como registado em anos anteriores, os portugueses lideram o volume de transações negociadas pela rede no primeiro trimestre do ano, sendo responsáveis por 74% das compras e arrendamentos de imóveis. Entre os investidores estrangeiros, os brasileiros reforçaram a segunda posição daqueles que mais negoceiam em imobiliário, tendo entre janeiro e março, representado 7,3% das transações. Seguiram-se os investidores angolanos (2,2%) e norte-americanos (1,7%). Destaque para a nacionalidade angolana, que face ao trimestre homólogo de 2022, cresceu o dobro no número de transações, subindo duas posições.

A tendência dos últimos anos, de apartamentos e moradias como os dois tipos de propriedade que a rede imobiliária mais comercializa, mantém-se, representando 56,9% e 23,2% do total, respetivamente. As tipologias mais procuradas nos apartamentos vendidos são os T2 (26,6%), seguindo-se os T3 (18,8%), os T1 (10,2%) e, finalmente, os T4 (2,8%). Aproximadamente 6,5% dos imóveis negociados entre janeiro e março são terrenos, 5,9% são lojas, 1,5% garagens e 1,5% escritórios.

Destaca-se ainda o aumento do número de agências, face a igual período de 2022, sendo que a rede conta agora com 398 agências (383 no final do primeiro trimestre de 2022).

De acordo com Beatriz Rubio, CEO da RE/MAX Portugal, “Os resultados do primeiro trimestre do ano, embora continuem a manter um sinal positivo, revelam um abrandamento do mercado. É certo que nos últimos anos os indicadores económicos da atividade têm ficado acima das expetativas, contudo atendendo à atual conjuntura económica, ao aumento da inflação e taxas de juro que faz, por um lado, reduzir os índices de procura e, por outro lado, aumentar os preços a que novos imóveis entram no mercado, têm desestimulado ainda mais a procura”.

A responsável acrescenta ainda, “pelo facto de o rendimento disponível das famílias ter diminuído e o custo do crédito à habitação ser mais elevado, o que muitas famílias estão já a fazer é alargar o espectro da sua procura, incluindo zonas que inicialmente não eram as preferenciais, mas também diminuindo as áreas e tipologias que desejam”, e salienta que para os próximos meses “o atual contexto económico continuará garantidamente a ter influência no setor, mas a dimensão desse impacto muito dependerá do comportamento da oferta, em concreto na construção de novas habitações, assim como na dinamização do mercado de arrendamento”.