Construção regista falta de mão de obra e subida do custo dos materiais

Resultados do Inquérito à Situação do Setor realizado pela AICCOPN.

De acordo com o Inquérito à Situação do Setor referente ao 3º trimestre deste ano, realizado pela AICCOPN (Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas), mantêm-se praticamente inalteradas as avaliações relativamente à evolução da atividade global das empresas, comparativamente com o trimestre anterior.

No 3º trimestre de 2021, as empresas que indicam uma estabilização de atividade correspondem a 60% dos inquiridos, mais 1% que o verificado no trimestre anterior, enquanto as que referem uma diminuição da atividade foram apenas 10%, menos 1% que o apurado anteriormente, mantendo-se inalterada, em 30%, a percentagem de respostas que apontam para um acréscimo da atividade.

Segundo a AICCOPN, no segmento das obras públicas os principais constrangimentos a observar, no terceiro trimestre, foram a falta de mão de obra especializada, que foi indicado por 73% das empresas, seguida do problema da subida dos preços das matérias-primas (materiais de construção), indicado por 66% das empresas. De acordo com a análise, 33% das empresas que operam no segmento das obras públicas identificaram ainda constrangimentos associados à concorrência excessiva com preços anormalmente baixos, e 26% indicam preços base dos concursos demasiado baixos.

O mesmo acontece no segmento das obras privadas, onde os principais constrangimentos indicados foram a falta de mão-de-obra especializada assinalada por 79% das empresas, seguida do problema do crescimento dos preços das matérias-primas (materiais de construção) que foram apontados por 76% das empresas. Foram também registados constrangimentos associados à concorrência excessiva com preços demasiado baixos por 26% das empresas.