Zona prime de Lisboa continua a ser a preferida das empresas

O mercado de escritórios de Lisboa registou um total de 64.289m2 no primeiro trimestre do ano.

De acordo com o estudo da consultora Savills, “Where do Companies Want to Be, que analisa a performance do mercado ocupacional de escritórios, assim como os movimentos migratórios das empresas durante o 1º trimestre de 2022, a zona prime de Lisboa mantém-se como primeira opção das empresas para sediar operações. Os principais fatores que ditam esta tendência são os locais centrais com bons acessos assim como uma boa rede de serviços complementares.

No final do 1º trimestre deste ano, o mercado de escritórios de Lisboa registou um total de 64.289m2, registando um volume de absorção semelhante aos níveis pré-pandemia, o que representa um forte crescimento de 120% em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, e uma subida significativa de 46% em comparação com o período homólogo de 2020.

No total foram 45 as operações fechadas, das quais 70% representam uma mudança de instalações de empresas e 17% correspondem à abertura de novas empresas na região de Lisboa. Torna-se assim evidente que o mercado está a mostrar sinais claros de recuperação com uma procura muito ativa por parte das empresas.

Segundo a Savills, a zona Prime CBD (zona 1) é aquela que regista uma maior percentagem de instalação de novas empresas (56%), enquanto que a zona Prime CBD (zona 1) e o Parque das Nações (Zona 5) foram as zonas de mercado que atraíram as percentagens mais elevadas em termos de volume de absorção por parte de Novas Empresas, com 63% e 52% respetivamente. Numa análise por setores, Serviços a Empresas, Serviços Financeiros e Consultoria são os setores que lideram a procura.

Na zona Prime CBD (zona 1) é importante salientar que 91% da área ocupada pelas novas empresas teve origem em espaços operacionalizados de forma flexível, demonstrando assim a preferência por locais centrais com bons acessos e uma rede de serviços complementares para a implementação deste modelo de espaços de escritórios que se assume como uma forte tendência, impulsionada pelo pós-pandemia, da capital portuguesa enquanto cidade destino dos novos nómadas digitais.

Quanto ao Corredor Oeste (zona 6) e a Zona Prime CBD (zona 1), são os que detêm as maiores Loyalty Rates com 69% e 25%, respetivamente. As empresas sedeadas nestas zonas do mercado de Lisboa demonstram maior propensão para permanecer na mesma zona aquando da tomada de decisão de relocalização ou de expandir as suas instalações.

O estudo realizado pela Savills conclui que a grande maioria dos negócios efetuados (64%) se deveu, sobretudo, à necessidade de mudança de instalações das empresas, o que representou um volume de absorção de aproximadamente 44.140m2.

O fator responsável por 20% dos negócios foi a expansão de área e tem associado um volume de absorção de quase 9.000m2. Já o estabelecimento de novas empresas na cidade representa cerca de 11.150mde parque empresarial e 16% dos negócios fechados.

De acordo com Alexandra Portugal Gomes, Head of Research da Savills Portugal, “tendo em conta os dados do 1º trimestre de 2022 verifica-se uma trajetória de recuperação do mercado de escritórios, que se encontra hoje perto dos níveis pré-pandemia. Por outro lado, é também possível concluir que existe um aumento gradual de novas empresas a fixar-se em Lisboa, que continua a ser um dos destinos globais mais procurados. Sendo a capital portuguesa uma das cidades mais inovadoras da União Europeia, com políticas ambientais e de mobilidade apelativas, é expectável que Lisboa continue a ser um local muito procurado por empresas, seja para mudança de instalações ou para estabelecimento de novos espaços.”