Volume de negócios mediado pela Century 21 com aumento de 51%

A faturação subiu 38% e ultrapassa os 70 milhões de euros.

Os resultados (divulgados) reunidos pela Century 21 no terceiro trimestre de 2022 confirmam que a procura continuou forte, face aos desafios de contexto macroeconómico, definido pelos níveis recorde de inflação, o aumento das taxas de juro e pela crise energética global.

A faturação acumulada da rede imobiliária já excedia os 70 milhões de euros no final do terceiro semestre, registando um crescimento de 38% em relação aos 51 milhões de euros verificados no mesmo período do ano passado. Nos primeiros nove meses do ano vigente, o volume de negócios mediados, incluindo as transações partilhadas com outros operadores de mercado, alcançou um crescimento de 51% quando comparado com o acumulado dos três trimestres do ano de 2020, superando os 2,8 mil milhões de euros.

Desde o início deste ano, realizaram-se 15 057 transações de venda, mais 32% que as 11 413 registadas no mesmo período do ano anterior e 3 652 operações de arrendamento, alcançando um crescimento de 29% face às 2 836 registadas nos três trimestres do ano passado.

A nível nacional, o preço médio dos imóveis transacionados pela rede imobiliária estabeleceu-se nos 188 327 euros, entre janeiro e setembro de 2022, o que resulta numa subida de 14,9% quando comparado à média do valor de venda de 163 841 no mesmo período do ano de 2021.

Ricardo Sousa, CEO da Century 21 em Portugal, afirma “O acesso à habitação em Portugal é um grande desafio para os jovens e para muitas famílias. Esta é a nossa principal preocupação e o maior foco da nossa estratégia operacional. O que está a influenciar os preços dos imóveis é uma crónica escassez da oferta em venda no mercado. Este é o principal fator que está na origem da subida dos preços que se tem vindo a registar até agora, em praticamente todo o território nacional, em consequência do desequilíbrio entre a procura e a oferta. Contudo, já estamos a registar um aumento do tempo médio de venda dos imóveis no mercado, o que levará a um aumento progressivo do stock de imóveis em comercialização, nos próximos meses”.

No terceiro trimestre de 2022, a faturação cresceu 23% e atingiu os 24 milhões de euros. Já o volume de negócios mediados pela Century 21 alcançou os 1 032 719 208 euros, o que se traduz num aumento de 38% quando comparado aos 749 344 637 euros em igual período no ano anterior.

Em relação ao número de operações, foram realizadas 5 253 transações de venda de imóveis, um incremento de 19% em relação às 4 405 concretizadas no terceiro trimestre de 2021. O preço médio de venda de habitações chegou aos 196 596 euros só no terceiro trimestre do ano vigente, o que significa um crescimento de 15,6% em relação aos 170 112 euros verificados no mesmo trimestre do ano anterior.

De acordo com Ricardo Sousa, CEO da Century 21, “Embora nos meses de junho e julho se tivesse verificado um ligeiro abrandamento, no mês de agosto registou-se um aumento de 24% no número de transações, comparando com agosto de 2021. As tipologias mais pretendidas continuam a ser os apartamentos T2 e T3. A nível de regiões, salienta-se o Algarve e a região centro, que estão com uma forte dinâmica. Contudo, a Área Metropolitana de Lisboa continua a ser a região mais procurada e com melhor desempenho”.

No que diz respeito ao impacto que o presente contexto económico pode eventualmente ter no mercado imobiliário residencial, o responsável salienta que “se a atual conjuntura macroeconómica se mantiver, é expetável que, no último trimestre e em 2023, se venha a assistir a uma diminuição do número de transações, em comparação com igual período de 2021, bem como a uma fase de estabilização dos preços dos imóveis.”.

Devido ao aumento da inflação e pela subida das taxas de juros, as famílias que possuem crédito à habitação estão a constatar uma diminuição do seu rendimento disponível, uma vez que a maioria das famílias portuguesas contrata crédito à habitação com taxas variáveis.

Nesta circunstância, de acordo com a informação enviada ao Brainsre News Portugal, a Century 21 Portugal confia na sensibilidade do Estado no que diz respeito ao desafio dos portugueses e invoca ao Governo e à Banca para que, de maneira organizada e semelhante ao que se verificou durante a Pandemia, sejam formados mecanismos de proteção às famílias que se encontram em situação mais vulnerável, no período de inflação mais acentuada.

Tanto os jovens como as famílias que estão em iniciação do processo de compra do seu primeiro imóvel residencial, deparam-se com um panorama de taxas Euribor onde os valores variam entre 2% e 3%, sendo taxas baixas. No entanto, a partir dos critérios atuais de financiamento, que englobam a contração das maturidades médias dos créditos à habitação para os 30 e 35 anos de empréstimo, com taxas de esforço de entre os 35% e 40% com LTV máximo de 85% a 90%. Desta forma, tanto as famílias como os jovens serão coagidos a analisar o tipo de habitação que procuram e guiar as suas preferências para soluções de habitação dentro dos valores que podem assumir.

Este motivo vai condicionar a procura e também o número de transações imobiliárias, uma vez que minimiza o número de pessoas que garantem os requisitos para atribuição de financiamento bancário e que obtêm imóveis ajustados às suas necessidades, entre os valores que podem sustentar.

Por último, é importante destacar a razão da atratividade de Portugal, a nível internacional, bem como o crescimento de transações com clientes internacionais após as limitações colocadas pela pandemia. Portugal conseguiu atingir um posicionamento e credibilidade invejáveis a nível internacional, tanto como destino para viver como para investir, e está a atrair clientes de novos países, com pouca tradição de comprar habitação em território nacional, tal como é o caso dos Estados Unidos, que se apresenta aos dias de hoje como o cliente internacional número um da rede Century 21 Portugal.