Taxa de juro no crédito à habitação aumentou 0,803% em outubro

Em outubro o capital médio em dívida aumentou 354 euros, fixando-se em 57 688 euros.

De acordo com a análise hoje apresentada pelo Instituto Nacional de Estatística, a taxa de juro aumentou no crédito à habitação para 0,803% em outubro e o capital em dívida e a prestação mensal fixaram-se em 57 688 euros e 251 euros, respetivamente.

Em outubro a taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação foi 0,803% (0,785% no mês anterior). No que concerne aos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro desceu de 0,702% em setembro para 0,665% em outubro. O capital médio em dívida aumentou 354 euros, no mês em análise, fixando-se em 57 688 euros. Já a prestação média apresentou a maior subida desde o início da atual série, aumentando 14 euros, para 251 euros.

O INE dá nota de que os resultados do mês em análise estão influenciados pelo fim do regime de moratórias bancárias no crédito à habitação, implementadas no contexto da pandemia COVID-19 que teve início em abril de 2020 e originou reduções na taxa de juro implícita e na prestação média.

Quanto à taxa de juro implícita no crédito à habitação, a mesma subiu para 0,803%, valor superior em 1,8 pontos base ao registado em setembro. Nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro foi 0,665% (0,702% no período precedente).

No mais relevante no conjunto do crédito à habitação, o financiamento para aquisição de habitação, a taxa de juro implícita para o total dos contratos subiu para 0,819% (+1,9 p.b. face a setembro). Quanto aos contratos celebrados nos últimos 3 meses, a taxa de juro diminuiu 3,9 p.b. face ao mês anterior, fixando-se em 0,658%.

Segundo o relatório do INE, considerando a totalidade dos contratos, o valor médio da prestação subiu 14 euros, para 251 euros. Deste valor, 39 euros (16%) correspondem a pagamento de juros e 212 euros (84%) a capital amortizado. Esta é a primeira vez desde o início do regime de moratórias bancárias, implementadas em resposta à pandemia COVID-19, em que este valor supera os 250 euros, tendo-se verificado também o maior aumento da prestação média desde o início da atual série. Recorde-se que em abril e maio do ano passado tinham-se verificado reduções expressivas. Nos contratos celebrados nos últimos 3 meses, o valor médio da prestação desceu 21 euros, para 290 euros.

Quanto ao capital médio em dívida para a totalidade dos contratos, em outubro, subiu 354 euros face ao mês anterior, fixando-se em 57 688 euros. Já nos contratos celebrados nos últimos 3 meses, o montante médio do capital em dívida foi 118 486 euros, menos 1 032 euros que em setembro.