Taxa de juro média dos novos empréstimos à habitação com a maior subida desde 2003

Em julho, os bancos concederam 1345 milhões de euros de crédito à habitação.

O Banco de Portugal anunciou hoje as estatísticas de taxas de juro e montantes de novos empréstimos e depósitos bancários de empresas e particulares atualizadas para julho de 2022. De acordo com os dados apresentados, a taxa de juro média dos novos empréstimos à habitação apresentou em julho de 2022 a maior subida desde 2003 e fixou-se em 1,88%, enquanto que a remuneração dos novos depósitos de particulares aumentou pelo segundo mês consecutivo, para 0,09%.

De referir que para estas estatísticas são consideradas as operações entre os bancos residentes em Portugal e os particulares e empresas residentes na área do euro.

No mês em análise, os bancos concederam 1963 milhões de euros de novos empréstimos aos particulares, menos 138 milhões de euros do que em junho. Deste montante, 1345 milhões de euros tiveram como destino, o crédito à habitação, 454 milhões de euros foram para crédito ao consumo e 164 milhões de euros de crédito destinaram-se a outros fins. No mês precedente, os valores registados tinham sido, respetivamente, 1402, 484 e 215 milhões de euros.

Quanto à taxa de juro média dos novos empréstimos à habitação, a mesma subiu para 1,88%, tendo registado 1,47% em junho, observando assim a maior subida mensal da taxa de juro média destes empréstimos desde o início da série estatística em 2003.

Segundo o Banco de Portugal, esta evolução está em linha com a subida das taxas médias da Euribor em junho, pois existe um desfasamento de um mês entre as taxas de juro Euribor e o seu reflexo nas taxas de juro aplicadas.

No mês de julho, mais de metade do montante dos novos empréstimos à habitação utilizou como indexante a Euribor a 12 meses, cujo valor médio subiu de 0,29% em maio, para 0,85% em junho. Nos novos empréstimos ao consumo, a taxa de juro média aumentou para 7,88% (7,79% em junho).