Taxa de juro média dos novos empréstimos à habitação atingiu valor mais elevado desde janeiro de 2015

Em outubro, os bancos concederam 1197 milhões de euros de crédito à habitação.

O Banco de Portugal anunciou hoje as estatísticas de taxas de juro e montantes de novos empréstimos e depósitos bancários de empresas e particulares, atualizadas para outubro de 2022. De acordo com os dados, a taxa de juro média dos novos empréstimos à habitação fixou-se no 2,86%, o valor mais elevado desde janeiro de 2015.

No mês em análise, os bancos concederam 1798 milhões de euros de novos empréstimos aos particulares, menos 211 milhões de euros do que no mês anterior: 1197 milhões de euros de crédito à habitação, 412 milhões de crédito ao consumo e 189 milhões de euros de crédito para outros fins. Em setembro, os valores registam tinham sido, 1341, 467 e 201 milhões de euros, respetivamente.

Segundo o Banco de Portugal, a taxa de juro média dos novos empréstimos à habitação subiu para 2,86% (2,23% em setembro), o valor mais elevado desde janeiro de 2015, sendo que é a maior subida mensal desde o início da série estatística, em 2003. No que diz respeito aos novos empréstimos ao consumo, a taxa de juro média aumentou para 8,06% (7,85% em setembro).

No mês de outubro, 88% dos novos empréstimos à habitação destinaram-se à aquisição ou construção de habitação própria permanente, 6% a habitação secundária e 6% a obras.

No que toca à taxa de juro média dos novos empréstimos para habitação própria permanente, registou-se um aumento de 0,6% para 2,6% entre dezembro de 2021 e outubro de 2022, nos empréstimos a taxa variável. A taxa de juro média do stock era de 1% no final de outubro. Em relação aos empréstimos a taxa fixa, a taxa de juro média dos novos contratos subiu de 2,1% para 4,1%, entre dezembro de 2021 e outubro de 2022. A taxa de juro média do stock fixou-se nos 2,4% no final de outubro.