“Shortlist” de investidores para o negócio imobiliário do ano em Portugal

Davidson Kempner, Bain/Cerberus e Oaktree na corrida para a venda dos fundos de reestruturação ECS.

Esta semana é a segunda fase do processo de venda dos fundos de reestruturação da ECS, mas ainda não é certo que o negócio vai até ao fim, adianta o Jornal Eco. Os fundos selecionados pelos bancos para passarem à segunda fase são Davidson Kempner, consórcio formado pela Bain e Cerberus, e Oaktree.

 Em causa está uma carteira de hotéis do grupo NAU e centros comerciais La Vie, entre outros ativos imobiliários, no já apelidado como o maior negócio de imobiliário do ano em Portugal, numa transação que poderá atingir os mil milhões de euros.

Durante esta semana, os investidores devem transformar as ofertas não vinculativas em propostas firmes, num processo que os bancos esperam que seja competitivo e as propostas sejam melhoradas.

Segundo o Jornal Eco, a corrida poderá ficar com apenas um concorrente, existindo a possibilidade de um ou dois investidores se retirarem antes de formalizarem uma proposta vinculativa, por não terem garantias de que os bancos irão levar a transação até ao fim.

Se os bancos desistirem do processo, serão os fundos internacionais que ficam a perder, dado que investiram alguns milhões de euros em trabalhos de due dilligence aos fundos da ECS. OS investidores não estão disponíveis para assumir estes encargos sem antes terem as garantias de que o concurso vai ter um vencedor no final. No entanto, para os bancos o preço final da operação é importante, na medida em que um negócio abaixo do valor daquele a que as unidades de participação se encontram registadas nos seus balanços poderão representar mais imparidades.