Em fevereiro de 2023, o setor do alojamento turístico registou 1,7 milhões de hóspedes e 4,0 milhões de dormidas, o que corresponde a 245,7 milhões de euros de proveitos totais e 179,5 milhões de euros de proveitos de aposento, segundo os dados do INE, relativos à atividade turística.
Face a fevereiro de 2020, quando ainda não se observavam em Portugal efeitos significativos da crise pandémica, registaram-se aumentos de 26,4% nos proveitos totais e 30,3% nos relativos a aposento. Em fevereiro, a Área Metropolitana de Lisboa concentrou 37,0% dos proveitos totais e 39,2% dos relativos a aposento, seguindo-se o Norte (16,3% e 16,5%, respetivamente), o Algarve (15,6% e 14,0%) e a Região Autónoma da Madeira (15,4% e 14,7%).
No mês em análise a evolução dos proveitos foi positiva nos três segmentos de alojamento. Na hotelaria, os proveitos totais e de aposento (peso de 87,7% e 85,6% no total do alojamento turístico) aumentaram 62,2% e 64,0%, respetivamente. Face a fevereiro de 2020, registaram-se crescimentos de 23,3% e 26,6%, pela mesma ordem. Os estabelecimentos de alojamento local (quotas de 9,1% e 11,1%) apresentaram subidas de 55,9% e 57,5% e o turismo no espaço rural e de habitação (representatividade de 3,2% e 3,3%, respetivamente) registou aumentos de 29,2% e 34,0%. Face a fevereiro de 2020, nos estabelecimentos de alojamento local, os proveitos totais e de aposento aumentaram 53,2% e 57,3%, respetivamente, e no turismo no espaço rural e de habitação cresceram 53,8% e 57,3%, pela mesma ordem.
O rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) fixou-se em 36,3 euros e o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 79,3 euros (+49,5% e +16,7% face a fevereiro de 2022, respetivamente). Quando comparado com fevereiro de 2020, o RevPAR aumentou 27,3% e o ADR cresceu 22,4%.
Os valores de RevPAR mais elevados foram registados na Área Metropolitana de Lisboa (58,7 euros, +69,9%) e na Região Autónoma da Madeira (56,4 euros, +70,4%). Este indicador registou crescimentos de 53,7% na hotelaria, 37,3% no alojamento local e 16,1% no turismo no espaço rural e de habitação.
Já o conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 79,3 euros em fevereiro, +16,7% em relação ao mesmo mês de 2022 (o mesmo crescimento que se verificou em janeiro). Face a fevereiro de 2020, o ADR aumentou 22,4%. Os valores de ADR mais elevados foram registados na AM Lisboa (99,1 euros) e na RA Madeira (81,4 euros), que corresponderam também aos acréscimos mais expressivos (+24,1% e +22,3%, respetivamente).
No conjunto dos primeiros dois meses de 2023, as dormidas totais cresceram 52,9% (+27,2% nos residentes e +70,6% nos não residentes), a que corresponderam aumentos de 75,6% nos proveitos totais e de 77,9% nos relativos a aposento. Comparando com o mesmo período de 2020, registaram-se acréscimos de 23,7% e 26,9%, respetivamente.
Considerando a generalidade dos meios de alojamento (estabelecimentos de alojamento turístico, campismo e colónias de férias e pousadas da juventude), em janeiro e fevereiro de 2023, registaram-se 3,3 milhões de hóspedes e 8,1 milhões de dormidas, correspondendo a crescimentos de 47,6% e 50,7%, respetivamente. Comparando com o mesmo período de 2020, as dormidas aumentaram 5,7% (+4,2% nos residentes e +6,5% nos não residentes).
Em fevereiro de 2023, registaram-se 1,7 milhões de hóspedes (+33,0%) e 4,0 milhões de dormidas (+38,5%), nos estabelecimentos de alojamento turístico, sendo que 73,5% concentraram-se nos 17 principais municípios . À semelhança do que se verificou em janeiro, também em fevereiro foram atingidos valores recorde de dormidas desde que há registo, com a maioria dos municípios a atingir máximos do mês de fevereiro, principalmente nas dormidas de não residentes.
O município de Lisboa concentrou 23,8% do total de dormidas em fevereiro de 2023 (12,3% do total de dormidas de residentes e 29,7% do total de dormidas de não residentes), atingindo 964,0 mil dormidas. Comparando com fevereiro de 2020, as dormidas aumentaram 11,4% (+4,6% nos residentes e +13,0% nos não residentes). Já o Funchal representou 10,9% do total de dormidas (441,5 mil), aumentando 9,2% (+78,1% nos residentes e +1,9% nos não residentes) em comparação com fevereiro de 2020. No Porto, foram registadas 322,3 mil dormidas (8,0% do total), mais 16,9% face a fevereiro de 2020 (+13,2% nos residentes e +18,0% nos não residentes). As dormidas no município de Albufeira (6,3% do total) atingiram 256,7 mil, mas continuam a decrescer face a fevereiro de 2020: -21,4% no total, -31,1% nos residentes e -19,3% nos não residentes.
Nos dois primeiros meses de 2023, quando comparado a igual período de 2020, Albufeira registou o maior decréscimo das dormidas entre os principais municípios (-18,8%; -27,6% nos residentes e -16,9% nos não residentes). Lisboa registou um aumento de 6,4% (+1,7% nos residentes e +7,5% nos não residentes), Funchal cresceu 13,0% (+74,0% nos residentes e +6,6% nos não residentes) e o Porto registou um acréscimo de 11,3% (+9,7% nos residentes e +11,7% nos não residentes).