De acordo com a Análise à Conjuntura do setor da Construção divulgada pela AICCOPN – Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Púbicas, a estimativa rápida do Produto Interno Bruto, segundo as Contas Nacionais Trimestrais, alusiva aos primeiros noves meses de 2022, indica um crescimento homólogo de 8%. No que toca aos restantes indicadores, têm-se observado uma redução na tendência de crescimento, não obstante os aumentos do Investimento em Construção e do Valor Acrescentado Bruto (VAB) do setor da construção, que demonstram a resiliência do setor, marcado pelo aumento rápido da inflação, pela subida das taxas de juro e pelo atraso no lançamento de várias obras públicas que estavam previstas.
No mercado nacional e até ao final de outubro, o consumo de cimento alcançou 3.235 milhares de toneladas, o que se traduz num aumento de 1,6% face ao mesmo período do ano anterior.
Em relação às áreas de licenciamento municipal, até ao final do terceiro trimestre de 2022, registou um aumento favorável, quando comparado com o mesmo período de 2021. Nos edifícios não residenciais, ocorreu um crescimento de 5,3% em termos homólogos acumulados. Já nos edifícios habitacionais, apresentaram um aumento de 2,8% no número de fogos licenciados em construções novas, que totalizam 22.774, e um acréscimo de 0,4% na área licenciada, em termos homólogos.
Os custos de construção nova, no mês de setembro, cresceram 13,4% em termos homólogos, mais 0,9 pontos percentuais face ao mês anterior, em seguimento de variações de 18,6% no índice referente à componente de materiais, e de 6,1% em relação à componente de mão de obra.
Quanto ao valor de novo crédito à habitação, concedido pelas instituições financeiras, totalizou 12,3 mil milhões de euros, até ao final de setembro de 2022, o que se traduz num crescimento de 8,9% face ao apresentado no mesmo período homólogo.
No que toca ao mercado das obras públicas, observou-se uma evolução menos negativa, tanto nos concursos promovidos, como nos celebrados. Nos primeiros dez meses do ano, o volume de contratos celebrados e registados no Portal Base apresenta uma variação homóloga temporalmente comparável de -31,6%, e o volume de concursos de empreitadas de obras públicas promovidas regista uma diminuição de 10,8% em termos homólogos.