Rendas aumentaram 9,4% no primeiro trimestre de 2023

A renda mediana dos 24 300 novos contratos de arrendamento em Portugal atingiu 6,74 euros por m2.

Segundo os dados divulgados pelo INE – Instituto Nacional de Estatística, no âmbito das Estatísticas de Rendas de Habitação ao Nível Local, relativas ao 1º trimestre de 2023, a renda mediana dos 24 300 novos contratos de arrendamentos de alojamentos familiares em território nacional atingiu 6,74 euros por m2.

No 1º trimestre de 2023, o número de novos contratos de arrendamento (24 300) foi menor que o registado no mesmo trimestre de 2022 (24 727), o que se traduz numa diminuição da atividade de arrendamento de -1,7%. Contudo, face ao trimestre anterior, verificou-se um aumento de novos contratos de arrendamento de +7,4%.

No 1º trimestre de 2023, 15 das 25 regiões apresentaram um aumento no número de novos contratos de arrendamento face ao período homólogo. Destacam-se com evoluções acima de +15%, face ao mesmo trimestre do ano anterior, o Alto Alentejo (+20,1%), Douro (+19,2%) e Alto Tâmega (+16,2%). Já as áreas Metropolitanas de Lisboa e Porto concentraram 49,4% dos novos contratos de arrendamento (49,7% no 4º trimestre de 2022).

O montante das rendas situou-se acima do valor nacional nas sub-regiões Área Metropolitana de Lisboa (10,26 euros por m2), Algarve (7,81 euros por m2), Região Autónoma da Madeira (7,73 euros por m2) e Área Metropolitana do Porto (7,29 euros por m2). Tal como observado em anteriores trimestres, Terras de Trás-os-Montes (3,00 euros por m2) registou a menor renda mediana por m2 de novos contratos de arrendamento.

No período em análise, a renda mediana por m2 de novos contratos de arrendamento subiu nos 24 municípios com mais de 100 mil habitantes. Deste conjunto, evidenciam-se com crescimentos homólogos superiores a 20%, os municípios do Porto (+22,1%), Lisboa (+20,6%) e Barcelos (+20,4%).

Destacam-se ainda, por apresentarem simultaneamente taxas de variação homóloga da renda mediana por m2 e do número de novos contratos de arrendamento superiores às do país, os municípios de Setúbal (+14,3% e +4,0%) e Seixal (+10,9% e +14,5%) – da Área Metropolitana de Lisboa –, Porto (+22,1% e +2,7%) e Vila Nova de Gaia (+9,9% e -1,4%) – da Área Metropolitana do Porto –, Barcelos (+20,4% e +30,1%) e Leiria (+12,4% e +4,1%).

No 1º trimestre de 2023, e tal como o registado em trimestres anteriores, todos os municípios com mais de 100 mil habitantes das áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, com exceção de Santa Maria da Feira (4,70 euros por m2) e Gondomar (6,36 euros por m2), registaram rendas medianas superiores à nacional (6,74 euros por m2), no entanto, apresentaram variações homólogas diferenciadas. Deste conjunto de municípios das áreas metropolitanas, destacaram-se com valores de rendas superiores ao do país e taxas de crescimento homólogo das rendas de novos contratos inferiores à referência nacional (+9,4%), Odivelas (9,16 euros por m2 e +7,9%) e Loures (8,84 euros por m2 e +6,1%), da Área Metropolitana de Lisboa.