Rendas aumentaram 10,6% no 4º trimestre de 2022

A renda mediana dos 22 628 novos contratos de arrendamento de alojamentos familiares a nível nacional alcançou 6,91 euros por m2.

Segundo os dados divulgados pelo INE – Instituto Nacional de Estatística, no âmbito das Estatísticas de Rendas de Habitação ao Nível Local, relativas ao 4º trimestre de 2022, a renda mediana dos 22 628 novos contratos de arrendamentos de alojamentos familiares em território nacional atingiu 6,91 euros por m2. Este valor traduz-se num crescimento de 10,6% face ao observado no trimestre anterior.

O número de novos contratos de arrendamento foi inferior ao registado no mesmo trimestre de 2021 (23 394 novos contratos), o que se traduz numa diminuição da atividade de arrendamento de -3,3%. Quando comparado ao trimestre anterior, a diminuição de novos contratos de arrendamento foi mais significativa (-6,5%).

No 4º trimestre de 2022, 9 das 25 regiões apresentaram uma diminuição no número de novos contratos de arrendamento face ao período homólogo. As variações homólogas negativas ocorreram na Lezíria do Tejo (-11,8%), Área Metropolitana do Porto (-10,7%), Cávado (-10,5%), Terras de Trás-os-Montes (-9,2%), Região de Coimbra (-5,9%), Área Metropolitana de Lisboa (-5,7%), Região Autónoma dos Açores (-1,9%), Oeste (-1,7%) e Beira Baixa (-1,1%). Contrariando esta evolução, sobressaem-se com aumento acima de +10% em relação ao trimestre homólogo a Região Autónoma da Madeira (+24,5%), Médio Tejo (+24,2%), Alentejo Litoral (+14,0%) e Alto Tâmega (+12,6%). As Áreas Metropolitanas de Lisboa e Porto concentraram 49,7% dos novos contratos de arrendamento (50,3% no 3º trimestre).

O montante das rendas situou-se acima do valor nacional nas sub-regiões Metropolitana de Lisboa (10,38 €/m2), Algarve (8,06 €/m2), Área Metropolitana do Porto (7,62 €/m2) e Região Autónoma da Madeira (7,54 €/m2). Tal como em anteriores trimestres, Terras de Trás-os-Montes (2,69 €/m2) registou a menor renda mediana por m2 de novos contratos de arrendamento.

No período em análise, a renda media por m2 de novos contratos de arrendamento subiu nos 24 municípios com mais de 100 mil habitantes. Deste conjunto, destacaram-se com crescimentos homólogos superiores a 20%, três municípios da Área Metropolitana de Lisboa: Oeiras (+23,9%), Lisboa (+22,4%) e Cascais (+21,0%).

Destacam-se ainda, por apresentarem em simultâneo taxas de variação homóloga da renda mediana por m2 e do número de novos contratos de arrendamento superiores às do país, os municípios de Cascais (+21,0% e -1,9%), Seixal (+18,1% e +2,5%), Setúbal (+15,0% e +7,1%), Sintra (+12,4% e -2,0%) e Almada (+10,7% e -3,0%) – da Área Metropolitana de Lisboa –, Maia (+10,8% e -2,0%) – da Área Metropolitana do Porto –, Guimarães (+15,1% e +4,7%) e Funchal (+12,8% e +19,8%).

No 4º trimestre de 2022, tal como em trimestres anteriores, todos os municípios com mais de 100 mil habitantes das áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, com exceção de Santa Maria da Feira (5,08 €/m2) e Gondomar (6,62 €/m2), registaram rendas medianas superiores à nacional, mas variações homólogas diferenciadas. Deste conjunto de municípios das áreas metropolitanas, destacaram-se com valores de rendas superiores ao do país e taxas de crescimento homólogo das rendas de novos contratos de arrendamento inferiores à referência nacional, Odivelas (9,44 €/m2 e +6,2%), Loures (9,09 €/m) e +9,4%) e Vila Franca de Xira (7,95 €/m2 e +6,0%), todos da Área Metropolitana de Lisboa.