RE/MAX aumenta em 38,1% o volume de transações de prédios em 2021

O distrito de Lisboa representa 35% das transações, seguido de Setúbal (15,8%) e Porto (10,7%).

A RE/MAX foi responsável em 2021 pela comercialização de 340 prédios em Portugal, correspondentes a um total de 634 transações imobiliárias. Os números registaram mais 38,1% que em 2020, e uma média de 52,8 transações por mês. De acordo com a rede imobiliária, o valor médio por prédio fixou-se nos 515 mil euros, a que corresponde a um volume de preços na ordem dos 175 milhões de euros. Segundo a empresa, grande parte destas transações teriam como objetivo a reabilitação dos imóveis.

No que diz respeito às nacionalidades dos compradores, a grande maioria são portugueses (84,5%), com o distrito de Lisboa a ser o mais representativo. Nos dois primeiros meses de 2022, a RE/MAX vendeu já o dobro dos prédios comercializadas em igual período de 2021, o que revela uma tendência de crescimento.

Os distritos de Setúbal e Porto assumem a 2ª e 3ª posição, representando cerca de 15,8% e 10,7%, respetivamente, a nível nacional. No entanto, existe também registo de prédios comprados em vários outros distritos como são o caso de Coimbra (7,3%), Leiria 5,2%), Castelo Branco (4,1%), entre outros. A destacar que nos primeiros dois meses de 2022, o distrito de Leiria tem ganho importância, já ultrapassando, neste período, o de Coimbra.

No que concerne aos compradores internacionais, o destaque em termos do número de imóveis vai para a nacionalidade chinesa (1,9%), seguindo-se a francesa (1,7%), alemã (1,6%), brasileira (1,4%), inglesa (1,3%) e norte-americana (1,2%). Este segmento contou com intervenção de mais de 30 nacionalidades, oriundas dos cinco continentes.

Os dados indicam que a maioria dos prédios comercializados têm como destino a reabilitação, contribuindo, neste sentido, para a revitalização de várias áreas urbanas subvalorizadas e para um consequente desenvolvimento sustentável do mercado habitacional.

De acordo com Beatriz Rubio, CEO da RE/MAX Portugal. “O segmento da reabilitação urbana tem revelado bons índices de crescimento e existe um enorme potencial de desenvolvimento, por via de um relativo atraso acumulado ao longo de décadas. Os municípios devem assumir que algumas das suas áreas carecem de uma intervenção mais profunda, de uma forma integrada e articulada, com o objetivo não apenas de reabilitar edifícios, mas também o requalificar todo o seu tecido urbano. O segmento habitacional será, logicamente, sempre o de maior interesse, pelo facto de ser o mais urgente para a retenção das populações e o que apresenta um retorno mais rápido do investimento.”

“No último ano, a rede RE/MAX registou um crescimento significativo na venda de prédios, com estes primeiros meses do ano a refletirem a mesma trajetória de crescimento, reflexo de vários fatores, como o aumento da dimensão orgânica da rede, o crescimento do dinamismo do mercado imobiliário e, claro, um aumento dos investidores internacionais, após um ano de 2020 pautado por uma certa estagnação causada pela pandemia.”, acrescenta a responsável.