Proveitos do setor turístico mantêm tendência de crescimento

Face a janeiro de 2020, observaram-se aumentos de 21,6% nos proveitos totais e 24,0% nos relativos a aposentos.

De acordo com os dados apresentados pelo INE – Instituto Nacional de Estatística, relativos à atividade turística de janeiro de 2023, o setor do alojamento turístico registou 1,5 milhões de hóspedes (+72,5%) e 3,5 milhões de dormidas (+74,5%), o que corresponde a 212,4 milhões de euros de proveitos totais (+99,0%) e 153,9 milhões de euros de proveitos de aposento (+102,3%).

Quanto ao rendimento médio por quarto disponível (RevPAR), este situou-se em 29,0 euros, e o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 78,4 euros (+86,2% e +17,7% face a janeiro de 2022, respetivamente). Em relação a janeiro de 2020, o RevPAR aumentou 16,6% e o ADR cresceu 16,7%.

No mês em análise, dos municípios com maior representatividade no total de dormidas, destaca-se Albufeira, que continuou a apresentar uma redução das dormidas face a 2020, tanto de residentes (-17,5%) como de não residentes (-9,9%).

No que toca à generalidade dos meios de alojamento (estabelecimentos de alojamento turístico, campismo e colónias de férias e pousadas da juventude), registaram-se 1,5 milhões de hóspedes e 3,8 milhões de dormidas, correspondendo a crescimentos de 70,4% e 70,0%, respetivamente. Comparando com janeiro de 2020, as dormidas aumentaram 6,4% (+6,5% nos residentes e +6,3% nos não residentes).

Os proveitos totais registaram um crescimento de 99,0%, tendo atingido 212,4 milhões de euros. Já os proveitos de aposento aumentaram 102,3%, alcançando 153,9 milhões de euros. Quando  comparado com janeiro de 2020, observaram-se aumentos de 21,6% nos proveitos totais e 24,0% nos relativos a aposento, o que revela um abrandamento face às evoluções registadas em dezembro (+23,8% e +26,4% face a dezembro de 2019)

No que diz respeito às regiões, a Área Metropolitana de Lisboa concentrou 38,2% dos proveitos totais e 40,3% dos relativos a aposento, seguindo-se a Região Autónoma da Madeira (17,0% e 16,2%, respetivamente) e o Norte (16,8% e 16,9%, pela mesma ordem). Os maiores crescimentos foram registados na Área Metropolitana de Lisboa (+150,3% nos proveitos totais e +151,9% nos de aposento) e Norte (+92,8% e +94,7%, respetivamente). Quando comparado a janeiro de 2020, destacaram-se as evoluções apresentadas pela Região Autónoma da Madeira (+44,9% e +54,2%, pela mesma ordem) e Região Autónoma dos Açores (+42,5% e +45,3%, respetivamente).

Os três segmentos de alojamento observaram uma evolução dos proveitos positiva. Na hotelaria, os proveitos totais e de aposento (peso de 87,8% e 85,6% no total do alojamento turístico) aumentaram 103,0% e 106,5%, respetivamente. Face a janeiro de 2020, os proveitos totais e de aposento cresceram 18,5% e 20,3%, pela mesma ordem. Os estabelecimentos de alojamento local (quotas de 9,2% e 11,3%) apresentaram subidas de 86,8% e 94,1% e o turismo no espaço rural e de habitação (representatividade de 3,0% em ambos) registou aumentos de 44,5% e 42,5%. Comparando com janeiro de 2020, nos estabelecimentos de alojamento local, os proveitos totais e de aposento aumentaram 43,9% e 47,6%, respetivamente, e no turismo no espaço rural e de habitação cresceram 71,8% e 67,6%, pela mesma ordem.

Quanto ao RevPAR, e no conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) atingiu 29,0 euros em janeiro, tendo aumentado 86,2% face a janeiro de 2022 (+53,8% em dezembro) e 16,6% em comparação com o mesmo mês de 2020. Os valores de RevPAR mais elevados foram registados na Região Autónoma Madeira (47,8 euros, +75,6%) e na Área Metropolitana de Lisboa (46,7 euros, +130,3%). Este indicador apresentou crescimentos de 94,9% na hotelaria, 62,8% no alojamento local e 18,7% no turismo no espaço rural e de habitação.

No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) fixou-se nos 78,4 euros em janeiro, um aumento de 17,7% em relação ao mesmo mês de 2022 (+16,3% em dezembro). Face a janeiro de 2020, o ADR aumentou 16,7%. Na Área Metropolitana de Lisboa registou-se o maior aumento deste indicador face a janeiro de 2022 (+25,9%). Este indicador aumentou 17,0% na hotelaria, 24,3% no alojamento local e 10,1% no turismo no espaço rural e de habitação.

Em janeiro, registaram-se 1,5 milhões de hóspedes (+72,5%) e 3,5 milhões de dormidas (+74,5%) nos estabelecimentos de alojamento turístico, das quais 73,8% concentraram-se nos 17 principais municípios. Este foi o mês de janeiro com valores de hóspedes e de dormidas mais elevados, desde que há registo.

O município de Lisboa, concentrou 25,2% do total de dormidas em janeiro de 2023 (14,0% do total de dormidas de residentes e 31,0% do total de dormidas de não residentes), atingindo 875,6 mil dormidas. Comparando com janeiro de 2020, as dormidas aumentaram 1,4% (-1,0% nos residentes e +1,9% nos não residentes). Já o Funchal representou 12,3% do total de dormidas (427,0 mil), aumentando 14,2% (+66,5% nos residentes e +8,6% nos não residentes) em comparação com janeiro de 2020. No Porto, registaram-se 283,9 mil dormidas (8,2% do total), mais 5,5% face a janeiro de 2020 (+5,3% nos residentes e +5,5% nos não residentes). As dormidas no município de Albufeira (5,1% do total) atingiram 176,4 mil, decrescendo 11,2% face a janeiro de 2020 (-17,5% nos residentes e -9,9% nos não residentes).