Proveitos do setor turístico mais do que duplicaram face a 2021

Os proveitos do setor superaram os níveis de 2019.

De acordo com os dados preliminares do Instituto Nacional de Estatística – INE, relativos aos proveitos do setor do alojamento turístico, com conjunto de 2022, os proveitos cresceram 114,7% no total, e 117,0% nos relativos a aposento, em resultado de 26,5 milhões de hóspedes e 69,5 milhões de dormidas.

Em dezembro, os proveitos registados nos estabelecimentos de alojamento turístico, alcançaram um total de 252,2 milhões de euros, dos quais 176,8 milhões de euros dizem respeito a aposento. Face a dezembro de 2019, os proveitos totais e de aposento cresceram 22,9% e 25,5%, respetivamente.

No mês em análise, a Área Metropolitana de Lisboa concentrou 36,4% dos proveitos totais e 39,5% dos relativos a aposento, seguindo-se o Norte, com 19,1% e 18,8%, respetivamente, e a Região Autónoma da Madeira (15,8% e 14,7%, pela mesma ordem).

No conjunto do ano de 2022, os proveitos totais aumentaram 114,7% e os relativos a aposento cresceram 117,0%. Face a igual período de 2019, registam-se aumentos de 16,5% e 17,7%, respetivamente.

Numa análise por regiões, e face a 2019, os maiores crescimentos foram registados pela Região Autónoma da Madeira (+29,8% nos proveitos totais e +36,6% nos de aposento). Os proveitos totais e de aposento cresceram menos no Centro (+9,3% e +14,4%, respetivamente) e na Área Metropolitana de Lisboa (+11,5% e +12,8%, respetivamente).

No ano em análise, a evolução dos proveitos foi positiva nos três segmentos de alojamento, sendo que, quando comparado com o mesmo período de 2019, os proveitos totais na hotelaria aumentaram 15,2% e os de aposento cresceram 16,4% (pela mesma ordem, pesos de 87,4% e 85,6% no total do alojamento turístico). Já nos estabelecimentos de alojamento local (quotas de 8,7% e 10,4%), observaram-se subidas de 14,5% e 15,6%, e no turismo no espaço rural e de habitação (representatividade de 3,9% e 4,0%, respetivamente) os aumentos atingiram 64,6% e 62,4%, pela mesma ordem.

No que diz respeito ao rendimento médio por quarto disponível, e no conjunto os estabelecimentos de alojamento turístico, o RevPar – rendimento médio por quarto disponível, fixou-se em 33,1 euros em dezembro, o que se traduz num aumento de 53,6% (+31,6% em novembro). Já em dezembro de 2019, o RevPar atingiu 27,8 euros. Foi na Área Metropolitana de Lisboa e na Região Autónoma da Madeira que os valores do RevPar foram os mais elevados (53,4 euros e 49,6 euros, respetivamente).

No conjunto de 2022, o RevPAR atingiu 56,2 euros e cresceu 72,5%. Neste período, este indicador registou crescimentos de 74,8% na hotelaria, 81,6% no alojamento local e 18,8% no turismo no espaço rural e de habitação.

No que toca ao rendimento médio por quarto ocupado, e no conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o ADR – rendimento médio por quarto ocupado, alcançou 87,4 euros em dezembro, um crescimento de 17,2% (+17,5% em novembro). Já no mesmo período de 2019, o ADR foi de 72,8 euros.

No conjunto do ano 2022, o ADR atingiu 103,9 euros e aumentou 17,7%. Neste período, este indicador registou crescimentos de 16,4% na hotelaria, 31,6% no alojamento local e 7,6% no turismo no espaço rural e de habitação.