Preços da habitação desaceleram no Porto e aceleram em Maia e Matosinhos

O Alto Alentejo apresentou o menor preço mediano de venda de alojamentos familiares (492 euros por m2).

De acordo com as Estatísticas de Preços da Habitação ao nível local, divulgadas hoje pelo Instituto Nacional de Estatística – INE, no 3º trimestre de 2022, o preço mediano de alojamentos familiares em Portugal foi de 1 492 euros por m2, o que corresponde a um decréscimo de 0,1% face ao trimestre anterior, e um aumento de 13,5% face ao 3º trimestre do ano anterior.

Face ao período homólogo, o preço mediano de habitação aumentou, em todas as 25 sub-regiões NUTS III. As três sub-regiões com preços mais elevados foram o Algarve (2 378 euros por m2), a Área Metropolitana de Lisboa (2 156 euros por m2) e a Área Metropolitana do Porto (1 660 euros por m2), que apresentaram valores mais altos em ambas as categorias de domicílio fiscal do comprador: território nacional (2 232 euros por m2 , 2 128 euros por m2 e 1 650 euros por m2 , respetivamente) e estrangeiro (2 854 euros por m2 , 3 511 euros por m2 e 2 292 euros por m2).

No período em análise, em 12 dos 24 municípios com mais de 100 mil habitantes, observou-se uma desaceleração dos preços de habitação, destacando-se Guimarães (-8,3 pontos percentuais), Porto (-6,5 pontos percentuais), Cascais (-4,8 pontos percentuais), Leiria e Loures, ambos com -4,6 pontos percentuais e Braga (-4,4 pontos percentuais), com os decréscimos mais acentuados que o registado no país (-4,3 pontos percentuais). Contrariando o padrão, a taxa de variação homóloga cresceu em 11 municípios, dos quais de evidenciam Maia (+12,7 pontos percentuais) e Matosinhos (+12,1 pontos percentuais), sendo que Lisboa registou uma ligeira aceleração (+0,7 pontos percentuais).

O preço mediano de alojamentos familiares transacionados em Portugal foi 1 492 euros por m2,  no 3º trimestre de 2022. Este valor apura uma queda de 0,1% face ao 2º trimestre de 2022 e um aumento de 13,5% face ao 3º trimestre do ano anterior. Esta última taxa foi ligeiramente inferior à observada no 2º trimestre de 2022, que se fixou em 17,8%. No 3º trimestre, o Algarve e as áreas metropolitanas de Lisboa e Porto registaram, simultaneamente, valores medianos de habitação (2 378 euros por m2 , 2 156 euros por m2 e 1 660 euros por m2 , respetivamente) e taxas de variação homóloga (+13,8%, +16,1% e +20,4%) superiores aos do país (1 492 euros por m2 e +13,5%). No entanto, também a Região Autónoma dos Açores (+24,1%), o Alentejo Litoral (+22,3%), a Lezíria do Tejo (+19,5%), o Alto Tâmega (+16,8%), a Região de Aveiro (+16,3%) e o Alentejo Central (+14,9%) registaram taxas de variação homóloga superiores às do país, apresentando, contudo, preços medianos inferiores à referência nacional. Tal como nos trimestres anteriores, o Alto Alentejo apresentou o menor preço mediano de venda de alojamentos familiares (492 euros por m2).

Quanto ao valor mediano de alojamentos familiares transacionados em Portugal, envolvendo compradores com domicilio fiscal no estrangeiro, o mesmo foi de 2 199 euros por m2, valor inferior ao registado no trimestre anterior (2 292 euros por m2), e no caso das transações por compradores com domicílio fiscal em território nacional, o valor foi de 1 464 euros por m2 (no 2º trimestre de 2022 tinha sido 1 461 euros por m2 ). Na Área Metropolitana de Lisboa, observou-se a maior diferença entre o preço mediano das transações efetuadas por compradores com domicílio fiscal no estrangeiro e o valor mediano envolvendo compradores com domicílio fiscal no território nacional (1 383 euros por m2 , +65,0%).

No que diz respeito ao preço mediano de alojamentos familiares em Portugal, adquiridos pelas famílias no 3º trimestre, o mesmo foi de 1 516 euros por m2 (+0,5% que no trimestre anterior), e pelos compradores pertencentes aos restantes setores institucionais de 1 333 euros por m2 (-1,7% que no 2º trimestre de 2022).

Com exceção do Alentejo Litoral, nas restantes sub-regiões verificaram-se preços medianos da habitação mais elevados em transações cujo comprador pertence ao setor institucional famílias.

As três sub-regiões com os preços mais elevados que o país (Algarve e áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto)  apresentaram também preços superiores ao do país considerando as duas categorias do setor institucional do comprador. Para além destas regiões, apenas a região Autónoma da Madeira e o Alentejo Litoral registaram preços medianos de alojamentos familiares superiores à referência nacional, nas aquisições pelas famílias (1 571 euros por m2) e restantes setores institucionais (1 570 euros por m2), respetivamente. Foi a sub-região Oeste que registou a maior diferença entre o preço mediano de alojamentos familiares adquiridos por famílias e o preço da habitação dos compradores pertencentes aos restantes setores institucionais (508 euros por m2 , +60,0%).

No 3º trimestre de 2022, todos os municípios com mais de 100 mil habitantes das áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, com exceção de Santa Maria da Feira, registaram preços medianos de habitação superiores ao valor nacional (1 492 euros por m2 ), evidenciando-se Lisboa (3 882 euros por m2 ), Cascais (3 453 euros por m2 ) e Oeiras (3 072 euros por m2 ) com valores superiores a 3 000 euros por m2.