De acordo com os dados avançados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística, no 2º trimestre de 2022, o Índice de Preços da Habitação aumentou 13,2% em termos homólogos, 0,3 pontos percentuais acima do verificado no trimestre anterior.
Esta subida de preços foi mais significativa nas habitações existentes, com registo de 14,7%, do que nas habitações novas, onde se observou um aumento de 8,4%.
Quanto comparado com o trimestre anterior, o Índice de Preços da Habitação cresceu 3,1% (3,8% no 1º trimestre de 2022). Também neste caso, segundo o INE, a taxa de variação do índice relativo aos alojamentos existentes (3,9%) superou a registada nos alojamentos novos (0,6%).
Foram transacionadas 43 607 habitações, entre abril e junho de 2022, pelo valor total de 8,3 mil milhões de euros, o que traduz uma subida, face ao mesmo período do ano anterior, de 4,5% e 19,5%, respetivamente.
No período em análise, 38 181 habitações (87,6% do total) foram adquiridas por compradores pertencentes ao setor institucional das Famílias, totalizando 7,2 mil milhões de euros (86,7% do total).
Os dados hoje divulgados indicam ainda que no trimestre de referência, os compradores com um domicílio fiscal fora do Território Nacional foram responsáveis por 6,4% do número total de transações (2 783 habitações), correspondendo a 11,9% do valor total transacionado.
Numa análise por regiões, transacionaram-se 13 336 habitações na Área Metropolitana de Lisboa e 11 967 na região Norte. No seu conjunto, as duas regiões, representaram 58,0% do total das transações, o que constituiu a mais baixa percentagem da série disponível.
A região Centro, com um total de 9 014 transações, apresentou um decréscimo homólogo no respetivo peso relativo, -0,1 p.p., representando 20,7% do universo de transações. Mais abaixo, no Algarve registaram-se 4 166 transações, traduzindo-se num peso relativo de 9,6%, mais 1,3 p.p. face a idêntico período de 2021.
Quanto às transações de habitações localizadas no Alentejo, as mesmas fixaram-se em 3 322 unidades, 7,6% do total, 0,1 p.p. acima do registo de 2021. Já as transações de alojamentos na Região Autónoma da Madeira ascenderam a 1 100 unidades, 2,5% do total (+0,2 p.p. em termos homólogos) e na Região Autónoma dos Açores contabilizaram-se 702 transações mantendo-se o peso relativo de 1,6%.