Pipeline residencial em Lisboa cai 36% em janeiro e fevereiro

Este pipeline reflete um forte abrandamento da atividade face a igual período de 2020.

Foram submetidos a licenciamento em Lisboa 36 novos projetos residenciais num total de cerca de 400 fogos, nos dois primeiros meses de 2021. Este pipeline reflete um forte abrandamento da atividade face a igual período de 2020, altura em que foram registados 77 projetos residenciais num total de 620 fogos. Registaram-se entre os dois períodos quebras na ordem de 36% em número de fogos e de 53% em número de projetos.

Os dados apresentados resultam do Pipeline Imobiliário, apurado pela Confidencial Imobiliário com base nos pré-certificados energéticos emitidos pela ADENE – Agência para a energia. Os pré-certificados são emitidos na fase de projeto, devendo obrigatoriamente integrar os processos de licenciamento municipal de obras (com exceção de reabilitações de menor profundidade ou de obras em edifícios classificados). Esta fonte cobre, portanto, a totalidade do universo de novas obras em lançamento de promoção nova e reabilitação.

Foi na construção nova que se registou a maior quebra, onde se contabilizaram 6 novos projetos e 110 fogos em 2021, observando-se uma quebra de cerca de 60% face aos fogos em licenciamento no período homólogo. As obras de reabilitação contribuíram com 30 novos projetos para o pipeline submetido a licenciamento já este ano, totalizando 290 novos fogos, menos 15% do que em 2020.

No relatório apresentado pela Confidencial Imobiliário, mostra que também no Porto a atividade perdeu dinâmica face a igual período de 2020, embora de forma menos acentuada. O pipeline residencial no Porto, ascendeu até fevereiro a 62 projetos num total aproximado de 430 fogos, com o número de fogos submetidos a licenciamento a recuar 7% (460 em 2020) e o número de projetos a descer 13% (71 em 2020). Relativamente à construção nova, esta gerou 16 projetos e 180 fogos do pipeline, ao passo que a reabilitação contribuiu com outros 46 projetos e 250 fogos. A construção nova perdeu ritmo no Porto, face a 2020, com uma queda de 38% no número de fogos. A reabilitação, pelo contrário, registou maior dinâmica, contabilizando um volume de fogos em carteira 43% acima de 2020.