Parvalorem retoma venda de carteira de imóveis de 250 milhões de euros

O fundo com centenas de imóveis está avaliado em pouco mais de 255 milhões de euros.

A Parvalorem, veículo que gere os ativos do antigo BPN (Banco Português de Negócios), retoma agora a venda de centenas imóveis avaliados em cerca de 250 milhões, avança o jornal ECO em publicação.

Dois anos depois de o Ministério das Finanças ter bloqueado esta transação, a Parvalorem que os ativos problemáticos do falido BPN, retomou o processo de venda de um fundo de imóveis, avaliado em pouco mais de 255 milhões de euros.

Em causa estão as unidades de participação do fundo Imonegócios e também a própria sociedade gestora, a Imofundos, segundo a sociedade liderada por Sofia Torres no relatório e contas de 2021.  De acordo com o mesmo, o fundo tem o valor líquido de 256,3 milhões de euros, detendo Parvalorem 69% das unidades de participação através da Parparticipadas.

Num processo a ser coordenado pela Alantra, o ECO deu conta há dois do lançamento no mercado de uma carteira designada por “Miraflores”. O objetivo seria atrair fundos de private equity que entram nestas operações com a finalidade de comprar por grosso para vender a retalho.

No entanto, sem que fossem conhecidas as razões para esta suspensão, a transação acabaria por ser travada pouco tempo depois, por decisão do então secretário de Estado das Finanças João Nuno Mendes.

Esta operação é importante para a Parvalorem prosseguir com a sua reestruturação. A sociedade pretende absorver a Parparticipadas, tal como vai fazer com a Parups, que geria as obras de arte do banco falido, através de fusão. Segundo a publicação. para avançar com absorção da Par, a Parvalorem precisa de vender este fundo imobiliário e a respetiva sociedade gestora e liquidar o Banco Efisa, tendo sido já apresentado o plano de liquidação ao Banco de Portugal.

Com venda desta carteira de imóveis, a Parvolarem passará a somar 1.250 milhões de euros em recuperações de créditos e alienação de ativos desde que em 2010 tomou conta dos despojos do falido BPN.