Pandemia não trava Reabilitação Urbana

O prémio nacional de Reabilitação Urbana é disputado este ano por um número recorde de projetos.

Totalmente realizada em tempo de pandemia, a fase de pré-candidatura à edição de 2021 do Prémio Nacional de Reabilitação Urbana. terminou na passada semana com 96 projetos inscritos em 23 concelhos.

A edição deste ano do mais importante galardão do setor imobiliário registou 96 pré-inscrições, um número inédito ao longo das suas nove edições. Anteriormente, a afluência máxima ao prémio ocorreu em 2017, com 83 projetos a concurso, mantendo-se nível em torno dos 80 projetos nas edições seguintes.

Também a origem dos projetos é mais diversificada, contabilizando-se este ano intervenções localizadas em 23 concelhos, número que estabelece um novo recorde no histórico desta iniciativa. Lisboa, com 36 projetos, e Porto, com outros 26, são os principais palcos da reabilitação urbana, destacando-se este ano também Braga, com 6 projetos, Matosinhos, com 5 projetos, Guimarães, Viana do Castelo, Sintra e Gaia, todos com 2 projetos cada. De resto, concorrem projetos noutros 15 concelhos, incluindo Aveiro, Coimbra ou Loulé.

De acordo com António Gil Machado, diretor da iniciativa, “Dados recentes mostram que a reabilitação urbana consolidou a sua atividade num ano com uma conjuntura tão inesperada como foi 2020 e o Prémio Nacional de Reabilitação Urbana é, por isso, um excelente barómetro do pulso do mercado. Atingir em ano de pandemia um número recorde de projetos a concurso, e num leque mais abrangente de localizações, é a prova de que estamos perante um setor muito resiliente, que não baixa os braços perante a adversidade”.

“A qualidade dos projetos submetidos a concurso, incluindo algumas das principais intervenções de reabilitação a nível nacional, bem como obras que são estruturantes nos seus contextos locais”, salienta António Gil Machado.

Coorganizado pela Vida Imobiliária e pela Promevi, o Prémio Nacional de Reabilitação Urbana tem o Alto Patrocínio do Governo de Portugal, concedido através da Direção Geral do Património Cultural, entidade tutelada pelo Ministério da Cultura. Esta é uma iniciativa à qual a SECIL se associa de forma ampla e que reúne um vasto apoio do setor empresarial, institucional e da sociedade civil. Conta com os apoios da Schmitt+Sohn Elevadores, Savills e Victoria Seguros na categoria platina; da Sanitana e da Revigrés na categoria ouro.

Entre os projetos pré-candidatos incluem-se a reabilitação de referência internacional em Gaia do World of Wine, do emblemático edifício do Diário de Notícias, em Lisboa, do Convento dos Capuchos, em Sintra, da antiga Fábrica das Cerâmicas das Devesas, no Porto, do Palácio de São Roque, em Lisboa, a requalificação do Norte Shopping, em Matosinhos, do núcleo termal de São Pedro do Sul e ainda do hotel Vila Galé que reabilita a Coudelaria de Alter do Chão.

O Prémio Nacional de Reabilitação Urbana é uma das mais relevantes iniciativas de premiação da excelência no setor imobiliário português e assinala este ano a sua 9ª edição, aceitando a concurso projetos que tenham sido concluídos entre 1 de janeiro de 2019 e 31 de dezembro de 2020 e que não tenham sido candidatos em edições anteriores do Prémio. Os vencedores, a anunciar entre maio e junho, serão eleitos por um júri independente constituído por cinco personalidades das áreas de engenharia, arquitetura, economia e do imobiliário.  A concurso estão dez categorias: Cidade de Lisboa, Cidade do Porto, Impacto Social, Residencial, Turismo, Comércio & Serviços, Reabilitação Estrutural, Restauro, Intervenção inferior a 1.000 m2 e Sustentabilidade.