O melhor ano de sempre na ocupação de escritórios em Portugal

No primeiro semestre o mercado de Lisboa contabilizou 104 operações e na invicta registaram-se 35 operações.

O ano de 2022 está a revelar-se um momento único para o mercado de escritórios, com a cidade de Lisboa a encerrar o 1º semestre com uma média de 1.600 m2 tomados por cada transação. Este é um valor nunca antes visto, e a consultora JLL prevê que se mantiver assim o ritmo na ocupação de escritórios, este será o melhor ano de sempre no setor em Portugal.

O primeiro semestre do ano encerra, em termos acumulados, com nota muito positiva tanto em Lisboa como no Porto. O take-up deste período em Lisboa ascende a 168.000 m2, superando as absorções anuais quer de 2020 quer de 2021 e estando a mais de 85% da atividade anual de 2019.

Na primeira metade do ano, o mercado da capital registou 104 operações com uma área média de 1.615 m2, sendo o Parque das Nações a zona mais procurada (30% da absorção), embora seguida de perto pela Nova Zona de Escritórios (24% do take-up). No que diz respeito à procura, foram as empresas de “Serviços Financeiros” as líderes, com 47% do take-up.

Mais a norte, na cidade invicta, a atividade nos primeiros seis meses do ano ascende a 30.000 m2, num total de 35 operações com uma área média de 865 m2.  Esta atividade apresenta um forte aumento face aos níveis do 1º semestre de qualquer um dos últimos 3 anos. Quanto comparado com o mesmo período de 2021, o crescimento no Porto foi de mais de 100%. O Central Business District (CBD) – Baixa atraiu o maior volume de ocupação (38%), sendo as empresas de “TMT’s & Utilities” as mais dinâmicas a ocupar escritórios no Porto nestes seis meses (50%).

De acordo com Sofia Tavares, Head of Office Leasing da JLL, “apesar da conjuntura económica mais desafiante, as empresas estão a regressar em força aos escritórios e a procura de áreas grandes continua a ser um dos principais requisitos. No mês de junho voltámos a ver isso, com as áreas superiores a 1.000 m2 a concentrarem um terço das operações em Lisboa e metade no Porto. Da nossa parte, temos estado especialmente ativos neste tipo de colocação e em junho atuámos na maioria dos negócios com áreas grandes, incluindo a maior do mês, que superou os 7.000 m2. Acreditamos que este tipo de procura vai continuar a dinamizar bastante o mercado e a gerar muitos pré-arrendamentos”.

O mercado de escritórios continua assim a mostrar um desempenho assinalável, contabilizando 21.000 m2 de absorção em Lisboa e 6.800 m2 no Porto no mês de junho, segundo o Office Flashpoint da JLL

A consultora deu um forte contributo para esta dinâmica, atuando em 10 dos 18 negócios realizados em na capital portuguesa durante o mês num total de 14.000 m2, o que equivale a dois terços da área tomada pelo mercado. Na cidade invicta, a JLL atuou em duas das seis operações registadas, colocando cerca de 2.000 m2 de área.

No passado mês, a zona Histórica e Ribeirinha foi a mais ativa em Lisboa, com 39% do take-up mensal, enquanto o segmento de procura mais dinâmico foi o de “Consultores e Advogados”, gerando 47% da ocupação. Na cidade do Porto, destacou-se o setor de “Serviços Financeiros”, com 64% da ocupação, sendo o CBD-Baixa o destino mais procurado, com um peso também de 64%. Em Lisboa a área média transacionada em junho ascendeu a 1.170 m2 e no Porto a 1.130 m2.