Até 2026, é previsto um crescimento de 55% do mercado das Branded Residences, de acordo com os dados da imobiliária Knight Frank.
O Knight Frank Global Branded Residences Report 2023, teve em conta o portefólio de 15 operadoras no segmento das branded residences (imóvel residencial ou de turismo residencial associado a uma marca).
Este relatório identificou 186 projetos ativos em todo o mundo e 32 que vão estar concluídos ainda em 2023, sendo que 23 vão estar em funcionamento em 2024, 26 em 2025 e 22 em 2026, e outros 35 projetos estão ainda em fase de preparação, sem data de lançamento confirmada. Feitas as contas, o número de novos projetos com datas de abertura conhecidas representa uma taxa de crescimento anual de 12% até 2026, ou seja, 55% no total até 2026.
A América do Norte representa quase 40% de todos os projetos, seguida pela região Ásia-Pacífico (20%) e ainda pela Europa (13%). Os projetos estão localizados em 52 países, com os EUA em destaque (106). Os Emirados Árabes Unidos, a Tailândia, o Reino Unido e a China também apresentam números de projetos de dois dígitos. Através de uma análise mais minuciosa, nos EUA, a Flórida é líder por comparação a todos os outros estados (e 80% dos projetos da Flórida encontram-se em Miami).
No que diz respeito aos mercados em crescimento, 60% do mercado do Médio Oriente está atualmente em desenvolvimento. Seguem-se a Europa e a América Latina com 49% e 46%, respetivamente. Em termos absolutos, os maiores projetos em desenvolvimento encontram-se nos EUA (36 projetos conhecidos), nos Emirados Árabes Unidos (7), no México (7), no Reino Unido (5) e na Arábia Saudita (4).
No que toca às marcas, o Ritz-Carlton lidera com o maior número de projetos, seguido do grupo Four Seasons. Em termos de taxa de crescimento, a Aman e a Six Senses lideram com 68% e 67%, respetivamente, com grande parte do portfólio total atualmente em fase de desenvolvimento.
O relatório coloca Portugal, tendo em conta duas regiões do mundo, no top 5 dos destinos preferenciais para a aquisição de segunda habitação da população UHNWI – indivíduos com um património líquido de 30 milhões de dólares ou mais, incluindo a residência principal.
Em termos de local onde as compras de segunda habitação são suscetíveis de acontecer em 2023, o relatório da Knight Frank coloca Portugal em quinto lugar, tendo em conta o mercado europeu, e na segunda posição no mercado americano, regiões cujos tops são encabeçados por Espanha e Estados Unidos da América, respetivamente.
De forma global, os inquiridos na sondagem sobre atitudes do The Wealth Report afirmaram que era mais provável comprarem casa para segunda habitação nos EUA, no Reino Unido, na Austrália, em Espanha e em França.
Portugal ainda não se encontra no top dos países mais procurados para branded residences, mas juntamente com Reino Unido, Turquia, França, Itália e Grécia, encontra-se entre os mercados com maior potencial de crescimento, segundo o estudo.
De acordo com Francisco Quintela, sócio fundador da Quintela + Penalva, “Em Portugal as branded residences têm-se afirmado cada vez mais como uma opção interessante para os investidores estrangeiros que procuram uma solução ‘chave na mão’. Embora ainda haja muito caminho a percorrer, acreditamos que esta é uma tendência que veio para ficar e com um enorme potencial de crescimento”.
Segundo Oliver Banks, sócio da Knight Frank, “Portugal está relativamente sub-representado no espaço das branded residences e, com os fortes níveis de procura que estamos a observar para produtos de luxo por parte de compradores internacionais, existe uma oportunidade real de crescimento a curto e médio prazo. O estilo de vida que Portugal já oferece é sinónimo das comodidades e do modo de vida que as branded residences oferecem e a que os investidores estrangeiros se habituaram”.