Licenciamento e conclusão de obras diminuíram em 2022

O número de transações de alojamentos fixou-se em 167 900 unidades, em 2022.

De acordo com os dados do INE, relativos às Estatísticas da Construção e Habitação, em 2022, foram licenciados 24 696 edifícios em Portugal, o que se traduz numa diminuição de 4,4% face a 2021, e concluídos 15 588 edifícios, o que representa uma diminuição de 3,5% em relação ao ano anterior.

Os edifícios licenciados para construção nova mantiveram-se predominantes em 2022, representando 76,1% do total de edifícios licenciados (74,7% em 2021). As obras de demolição corresponderam a 5,7% das obras licenciadas em 2022 (6,1% em 2021).

Já os edifícios licenciados em construções novas para habitação familiar totalizaram 15 309, o que significa uma diminuição de 0,6% em relação a 2021 (+13,3% face a 2019). No total dos edifícios licenciados, 62,0% corresponderam a edifícios em construções novas para habitação familiar, um aumento de 2,4 pontos percentuais em comparação com o ano anterior (59,6%).

Estima-se que, em 2022, tenham sido concluídos 15 588 edifícios, o que representa uma diminuição de 3,5% em relação ao ano anterior (+5,3% em 2021, com 16 161 edifícios, e +10,0% comparando com 2019). Já as obras concluídas em construções novas para habitação familiar representaram 61,4% dos edifícios concluídos, o que corresponde a um acréscimo de 1,4 pontos percentuais, face ao ano anterior.

No que diz respeito a obras de reabilitação, foram licenciados 4 491 edifícios, o que representa uma redução de 9,3% em relação ao ano anterior (+2,1% em 2021, com 4 954 edifícios). Face a 2019, observou-se uma diminuição de 17,4%. Quando comparado com 2021, registou-se um decréscimo de 15,0% no total de obras de reabilitação concluídas, totalizando 2 871 edifícios (-0,1% em 2021).

No que toca ao número de transações de alojamentos, fixou-se em 167 900 unidades, sendo este o registo mais elevado da série (iniciada em 2009). Face ao ano anterior, transacionaram-se mais 2 218 alojamentos, traduzindo-se num aumento de 1,3%, o que, excetuando o ano de 2020, que foi condicionado pela pandemia COVID-19, constituiu o crescimento do número de transações mais baixo, desde 2012.

O valor das habitações transacionadas em 2022 ascendeu a 31,8 mil milhões de euros, o que corresponde a um aumento de 13,1%, face a 2021. Por categoria, as transações de habitações existentes totalizaram 24,1 mil milhões de euros, acima dos 7,7 mil milhões de euros referentes às habitações novas. Relativamente ao ano anterior, o crescimento do valor das transações das habitações novas superou o das habitações existentes, +18,2% e +11,6%, respetivamente.

No período em análise, realizaram-se 120 000 avaliações bancárias, efetuadas por peritos ao serviço das instituições bancária, no âmbito da concessão de crédito à habitação. Comparativamente com o registo de 2021, este número traduz-se numa redução de 2,7%, da taxa de variação de sinal contrário à observada no número de transações (+1,3%).

Em 2022, o preço mediano de alojamentos familiares em Portugal foi 1 484 euros por m2, tendo aumentado 14,4% relativamente ao ano anterior. O preço mediano da habitação manteve-se acima do valor nacional nas sub-regiões do Algarve (2 339 euros por m2), Área Metropolitana de Lisboa (2 096 euros por m2), Área Metropolitana do Porto (1 607 euros por m2) e Região Autónoma da Madeira (1 571 euros por m2).

A renda mediana dos 92 664 novos contratos de arrendamento de alojamentos familiares celebrados em Portugal atingiu 6,52 euros por m2, aumentando 7,9% face a 2021. Também se verificou um aumento de 6,1% no número de novos contratos celebrados relativamente ao ano anterior.