Investimento imobiliário comercial soma 221 ME no novo confinamento

A consultora imobiliária JLL divulgou os resultados do mercado imobiliário português no 1º trimestre de 2021.

No seu mais recente relatório trimestral de mercado, o Market Pulse, a JLL analisa o desempenho dos setores de investimento, escritórios, retalho e habitação. De acordo com o estudo, o investimento em imobiliário comercial atingiu os €221 milhões no 1º trimestre de 2021, período que assinala o segundo confinamento geral imposto pela pandemia COVID-19. Este montante mais que duplica os €90 milhões transacionados no anterior confinamento, ocorrido durante o 2º trimestre de 2020.

Sobre o desempenho do investimento imobiliário, Pedro Lancastre, diretor geral da JLL, refere que é “um resultado notável, considerando que a atividade voltou a desenvolver-se num cenário de confinamento geral, o que atrasou diversos processos em curso”. Além disso, “é um montante em mais de duas vezes superior ao transacionado no anterior confinamento, comprovando que, mesmo havendo um fecho generalizado, os investidores encararam este período com maior confiança do que anteriormente, bem como que o apetite pelo mercado português continua forte”.

A ocupação de escritórios em Lisboa no primeiro trimestre somou 29.000 m2, segundo o relatório Market Pulse da JLL.  Este take-up fica 26% abaixo do registado no primeiro confinamento, mas a absorção do ano passado ainda refletiu a realização de muitas operações pré-Covid. Por outro lado, a tendência ao longo do 1º trimestre de 2021 foi de aceleração da ocupação em termos mensais e de manutenção da renda prime em todas as zonas do mercado.

No segmento do retalho, o segundo confinamento voltou a impactar negativamente o número de visitantes e as vendas, quer no comércio de rua quer nos centros comerciais.

O mesmo não aconteceu com a habitação que voltou a mostrar a sua resiliência no arranque deste ano, exibindo uma atividade dinâmica, tanto por parte dos compradores nacionais, como dos internacionais, registando-se um ajustamento em baixa dos preços sobretudo em zonas com forte predominância de turistas e maior predominância de aquisição para investimento.

Pedro Lencastre salienta ainda que “De uma forma geral, o segundo confinamento foi menos penalizador para o mercado imobiliário do que o primeiro. Isto porque não só não existiu o efeito surpresa causado pelo início da pandemia, como já está a decorrer o processo de vacinação. Mas, acima de tudo, tal deve-se também à solidez do mercado imobiliário, que vinha de um ciclo de forte crescimento e tinha já conquistado um posicionamento sólido a nível internacional, com uma oferta moderna e de qualidade, bem como uma procura cada vez mais diversificada em termos de origens e perfil de investidores, algo que não consideramos reversível. É certo que temos novos desafios trazidos pela pandemia, mas não há dúvida de que o mercado imobiliário tem condições para recuperar os bons níveis de atividade ainda este ano”.

A JLL é uma empresa líder de serviços profissionais especializada em imobiliário e gestão de investimento, com a missão de construir o futuro do imobiliário para um mundo melhor, utilizando a mais avançada tecnologia para criar oportunidades vantajosas, espaços extraordinários e soluções imobiliárias sustentáveis para os seus clientes, as suas equipas e a comunidade. JLL é a designação e marca comercial registada pela Jones Lang LaSalle Incorporated.