Investimento em Construção cresce 1,7% no 1º semestre

No mesmo período, o mercado das obras públicas registou uma forte redução homóloga do volume de contratos celebrados.

De acordo com a Análise à Conjuntura do Setor da Construção feita pela AICCOPN, a evolução do Investimento em Construção e do VAB (Valor acrescentado Bruto) do setor da Construção, no primeiro semestre de 2022, ficou marcada por crescimentos de 1,7% e 1,3%, respetivamente, variações que denotam, no entanto, um abrandamento no ritmo de crescimento do Setor (+4,0% e +3,8% em 2021, respetivamente), num período em que, no mercado das obras públicas, se observa uma forte redução homóloga do volume de contratos celebrados.

Efetivamente, observa-se uma redução no volume de concursos de empreitadas de obras públicas promovidas nos primeiros sete meses de 2022 de 14,7%, em termos homólogos acumulados, e uma variação homóloga temporalmente comparável de -43% no montante dos contratos de empreitadas celebrados e registados no Portal Base.

No mercado imobiliário, o número de fogos em construções novas licenciados pelas Câmaras Municipais nos primeiros seis meses de 2022, totalizou 15.558, o que corresponde a um aumento de 4,4% face aos 14.897 alojamentos licenciados no mesmo período do ano anterior.

Já no que diz respeito à área licenciada, neste período assiste-se a crescimentos de 1,6% e de 2,2%, em termos homólogos, na habitação e nos edifícios não residenciais, respetivamente. No mês de junho de 2022, o índice de custos de construção de habitação nova aumentou 12,9%, em termos homólogos, em resultado de crescimentos de 17,2% no índice relativo à componente de materiais e de 6,9% no índice relativo à componente de mão de obra.

No primeiro semestre de 2022, a concessão de novo crédito à habitação pelas instituições financeiras subiu 16,9% face ao 1º semestre do ano anterior para 8.397 milhões de euros. No que concerne à avaliação bancária na habitação, no mês de julho registou-se um aumento de 16,1% em termos homólogos, em face de aumentos de 16,7% nos apartamentos e de 13,1% nas moradias, atingindo-se novos máximos desta série estatística iniciada em 2011, conclui a Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN).