As habitações pré-fabricadas e modulares têm vindo a ganhar popularidade em Portugal, muito devido à maior simplicidade e rapidez de construção, face à alvenaria tradicional.
Mas antes de avançar para este tipo de obra, à partida mais barata (e rápida!), é importante ter em consideração que instalação destas novas unidades está obrigatoriamente sujeita a licenciamento, tal como se de uma casa convencional se tratasse.
O licenciamento é imprescindível para dar início à instalação de qualquer tipo de casa e obter a autorização de utilização. O processo de licenciamento é em tudo semelhante ao que é exigido na construção de casas convencionais, em alvenaria. É importante referir que sem a devida licença, a obra é considerada ilegal e pode ser embargado, em caso de fiscalização. O incumprimento da ordem de embargo (bem como demolição ou cessação de utilização) constitui crime de desobediência.
As construções pré-fabricadas, são feitas previamente em fábrica. São habitações pré-fabricadas quando não atingem um determinado tamanho, o que permite que o seu transporte até ao terreno seja feito de uma só vez – imaginemos um bloco, em que está montada a casa toda. A casa pré-fabricada chega ao destino e a única instalação necessária resume-se à ligação às infraestruturas como: água, luz, comunicações e saneamento/esgotos.
Já as modulares também são construídas em fábrica, mas pela sua dimensão não permitem o transporte como uma única unidade. Se pensarmos num puzzle em que cada divisão é um bloco transportável, torna-se fácil perceber que a casa modular quando chega ao terreno necessita de ser unida para se tornar uma habitação.
Esta opção é mais barata do que construir novas moradias, uma vez que as habitações modulares, de forma geral, custam entre 15 a 20% menos para construir do que as habitações construídas de maneira tradicional.
Face ao aumento dos custos, sobretudo os de construção, há quem equacione investir numa solução modular, que é produzida em fábrica, por módulos, sendo depois transportados para o terreno onde o proprietário deseja instalar a habitação.
Um dos fatores mais frustrantes, intrínsecos à construção tradicional, é o tempo que leva a construir uma habitação de raiz. Tipicamente, este tipo de construção demora entre 10 a 12 meses a ser concluída, embora possa demorar muito mais tempo.
Em contraste, existem soluções de habitações pré-fabricadas e modulares que estão finalizadas em três ou quatro meses. Ao construir em fábricas e em módulos, o processo de construção é consideravelmente menor.
Mas quais as vantagens?
Uma das vantagens é que o tempo de construção, que é um processo bem mais ágil do que a construção tradicional.
No que toca aos materiais usados, estes apresentam uma boa durabilidade, uma vez que o segmento das habitações modulares tem tido avanços nos últimos anos. Hoje em dia, uma unidade modular, com os materiais adequados, pode ter uma durabilidade entre os 50 a 70 anos, e em linha com o que acontece para de construção tradicional.
O preço final de uma casa modular está sujeito a menos variações, isto porque após ficarem acertados os pormenores principais, os preços dificilmente variam.
Já na eficiência energética, este tipo de construções é, por norma, muito eficiente do ponto de vista energético.
No entanto, existem também desvantagens:
Pouca oferta disponível em termos de crédito habitação. Apesar da popularidade ganha nos últimos anos, os bancos ainda colocam alguns obstáculos na concessão de crédito. Nas situações em que existe oferta, normalmente os prazos de financiamento são mais curtos e a taxa de juro é mais alta, retirando alguma atratividade a esta solução.
Outra desvantagem é a menor variedade de escolha face à construção tradicional, uma vez que as empresas que produzem casas modulares oferecem, geralmente, um conjunto de opções pré-definidas. Ou seja, existe uma grande variedade de opções, mas não é possível efetuar algo totalmente personalizado como acontece na construção tradicional.