Governo prevê investir 40 milhões de euros em obras na sede da CGD

O Governo estima uma poupança de cerca de 800 mil euros por ano, em rendas atualmente pagas pelo Estado a privados, e cerca de 5 milhões de euros por ano em encargos com a gestão de serviços.

De acordo com o comunicado da página oficial da República Portuguesa, o Governo pretende com este investimento concentrar serviços do Estado no edifício-sede da Caixa Geral de Depósitos (CGD), em Lisboa.

A Ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, e o Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, André Moz Caldas, apresentaram na passada sexta-feira as linhas gerais do projeto em curso com vista à concentração física de serviços do Estado no atual edifício-sede da (CGD).

Foi aprovada na reunião de Conselho de Ministros de dia 9 de março, uma resolução que autoriza a realização da despesa necessária à concretização das obras de beneficiação e adaptação do 7.º piso do edifício-sede da CGD, no valor de 5,4 milhões de euros.

O executivo adiantou ainda que o investimento a realizar no processo de concentração de serviços do Estado, até ao final da legislatura, deverá ter um custo estimado de 40 milhões de euros. O Governo estima uma poupança de cerca de 800 mil euros por ano, em rendas atualmente pagas pelo Estado a privados, e cerca de 5 milhões de euros por ano em encargos com a gestão de serviços como segurança, manutenção, limpeza, jardinagem, fornecimento de energia elétrica e fornecimento de água. Também os imóveis públicos que serão desocupados e se encontram avaliados em cerca de 600 milhões de euros, poderão ser objeto de rentabilização, visando contribuir para o objetivo de reforço da oferta habitacional.

Segundo o comunicado, na avaliação de 600 milhões de euros, estão incluídos os edifícios da Secretaria Geral da Presidência do Conselho de Ministros, o Ministério da Economia e do Mar, os do Ministério da Educação nas avenidas Infante Santo e 24 de Julho, mas também edifícios arrendados a privados, caso do Ministério da Saúde.

Além da componente financeira, Mariana Vieira da Silva, Ministra da Presidência, realçou ainda a existência de avultados ganhos de eficiência resultantes da concentração de serviços do Governo no edifício sede da CGD, destacando as questões da eficiência energética e do arquivo de documento.

De acordo com a Ministra, numa primeira fase, com as obras no sétimo piso do edifício da CGD serão libertados 8,5 mil metros quadrados, que acrescem aos 3,5 mil metros quadrados já ocupados.