Escritórios no Porto com forte recuperação

Atividade anual fica agora apenas 15% abaixo de 2020, revela a JLL.

No seu relatório mensal sobre o mercado de Escritórios, o Office Flashpoint, a JLL avança que, no mês de agosto, a recuperação deste segmento face aos meses anteriores e homólogo é assinalável, já que em qualquer dos períodos a ocupação não tinha alcançado os 1.000 m2. Tal também significa que o mercado acelerou fortemente o seu ritmo de recuperação face a 2020, passando de uma contração de 55% no final de julho para apenas 15% no final de agosto. A atividade do mês praticamente duplicou o volume de absorção acumulada que se registava até final de julho, posicionando o take-up anual em cerca de 26.000 m2.

Mariana Rosa, Head of Leasing Market Advisory da JLL, sublinha que “o mercado do Porto tem sido bastante limitado pela escassez de oferta de qualidade disponível para ocupação imediata, porque há bastantes empresas ativamente à procura de instalações, especialmente para áreas de grande dimensão. À medida que os projetos em carteira forem sendo concluídos, o mercado tenderá a reativar-se e o seu ritmo de recuperação deverá acelerar até final do ano. Agosto é já uma prova desta tendência”.

A atividade em agosto no Porto registou duas operações de grande dimensão, nomeadamente uma com 7.000 m2 e outra com 3.500 m2, o que colocou a área média por operação nos 2.400 m2. A expansão de área foi a principal motivação para a ocupação em agosto, sendo a zona 6- Matosinhos a mais dinâmica (57% da absorção) e as empresas de “Outros Serviços” as que geraram maior take-up (57%).

Em termos acumulados, a ocupação situa-se agora em 26.000 m2 num total de 32 operações, com uma área média de 800 m2. Neste período de oito meses, as zonas 1-CBD Boavista e 6-Matosinhos lideraram a procura, com quotas de 33% e 36% no take-up, respetivamente. As empresas de “Outros Serviços” são o setor da procura mais dinâmica, gerando 42% da área ocupada.

Ainda de acordo com o Office Flashpoint, Lisboa, ao contrário do Porto, observou baixos níveis de atividade em agosto. Neste mês, o mercado registou 8 operações num total de 5.600 m2, numa queda de 58% face quer ao mês anterior, quer ao mês homólogo. Todas as operações foram para ocupação imediata e a maior diz respeito à tomada de 1.600 m2 pela CME no Lagoas Park (Corredor Oeste). Neste mês, a área média por operação foi de 700 m2, sendo a zona 6 – Corredor Oeste a mais ativa em termos de área absorvida (36% da atividade) e a “Construção e Imobiliário” o setor que mais absorveu espaço (54%).

No período de janeiro a agosto, as empresas tomaram 74.500 m2 de escritórios em Lisboa, uma atividade que fica 24% abaixo do mesmo período de 2020. Nestes oito meses realizaram-se 75 operações, ficando a área média pouco abaixo dos 1.000 m2. A zona 5 – Parque das Nações é o destino mais robusto ao longo do ano, concentrando 29% de toda a ocupação, ao passo que a procura é claramente liderada pelas empresas de “TMT’s & Utilities”, responsáveis por 44% da área tomada.