Assim sendo, e na fase de negociação que se vai seguir, os bancos irão tentar que a DK Partners e a Bain/Cerberus revejam em alta os preços dos ativos, ou, no limite, que se excluam do perímetro alguns desses ativos, onde o preço oferecido seja considerado pelos bancos insuficiente, adianta o Jornal Económico.
Por um lado, o Novo Banco quer que se seja feita a venda da totalidade dos ativos, tendo registado a maioria das perdas, de 260 milhões de euros. Já o Millennium bcp defende a retirada dos ativos com valor oferecido abaixo do seu balanço.
Também a Caixa Geral de Depósitos está exposta aos fundos de reestruturação da ECS. O Santander e a Oitante também detêm unidades de participação nestes fundos.
Adianta ainda aquela publicação que na lista de ativos que estão à venda e que constituem o projecto Crow encontra-se o Palácio do Governador, além de outros noves hotéis da marca NAU, no Algarve e no Alentejo. O portfólio dos fundos inclui também outros ativos, como os centros comerciais La Vie, situados no Funchal, Guarda, Porto ou Caldas da Rainha.
As unidades hoteleiras dos fundos que estão à venda são todas administradas pela NAU, uma operadora criada pela ECS em 2018 para administrar os ativos e incluem, para além do Palácio do Governador, o “Lago Montargil & Villas” no Alentejo, mas também vários ativos no Algarve, como São Rafael Atlântico, Salema Beach Village, Salgados Vila das Lagoas, Salgados Palace, Morgado Golf & Country Club, Salgados Palm Village Apartments & Suites, Salgados Dunas Suites e São Rafael Suites.
As propostas vinculativas apresentadas pelo fundo Davidson Kempner Partners e pelo consórcio Bain/Cerberus têm validade até outubro, prazo que pode ser prorrogado. A ideia é que a decisão seja tomada até ao final do ano, para que a operação possa ser fechada no início de 2022.