No encontro estiveram presentes altos representantes de entidades governamentais com influência direta na gestão dos fundos comunitários, incluindo Nélson de Souza, Ministro do Planeamento e Fundos Comunitários e Alexandra Leitão, Ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública. A este painel juntaram-se ainda um conjunto de líderes das principais empresas nacionais para debater a situação atual e refletir sobre a retoma da economia de portuguesa.
Depois de um ano de 2020 que ficará na história associado à pandemia da Covid-19, em 2021 os fundos da União Europeia visam relançar a economia e perspetivam-se como uma grande oportunidade para dar resposta ao atual contexto económico de Portugal e potenciar o futuro do mundo dos negócios.
A Europa prepara-se para uma década repleta de novos desafios e oportunidades únicas, neste contexto, resiliência, transformação digital e transformação climática foram alguns dos assuntos debatidos. O Plano de Recuperação e Resiliência de Portugal, cujo período de consulta pública já terminou, é um compromisso que o executivo pretende trabalhar durante esta fase atípica.
Nélson de Souza, Ministro do Planeamento e Fundos Comunitários salientou que ao PRR correspondem “14 mil milhões de euros em subvenções”, aos quais “acrescem 2,7 mil milhões em empréstimos, e, segundo as determinações da Comissão Europeia, 57% desse valor têm de ser alocados às áreas da transição climática e transformação digital”.
O ministro, que por várias vezes falou da necessidade de digitalização e inovação, acrescentou ainda que “No PRR vamos ter aquilo que vai contribuir para fazer de diferente e que não é feito noutros programas. Temos que nos focar no que é importante, nos apoios bem direcionados para as Pequenas e Médias Empresas (PME’s) e bem dotados em termos de desempenho, na digitalização e transição climática e energética dentro das empresas. Queremos atuar nas agendas mobilizadoras para a industrialização. Focar nas áreas de potencial científico e tecnológico acumulado no país e que já tem condições para ser transformado em oferta de bens e serviços exportáveis e transacionáveis. O objetivo é mudar o perfil de industrialização.”
Alexandra Leitão, Ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública, salientou que está a ser criada entre a AD&C (Agência para o Desenvolvimento e Coesão) e a AMA (Agência para a Modernização Administrativa), uma plataforma digital para ser consultada com todo o planeamento do PRR, o novo Portal da Transparência.
A governante salientou que no âmbito da transição digital, deverá existir uma melhoria, no atendimento dos serviços públicos que deverão ser disponibilizados totalmente online e num interface único, através da futura “Loja do Cidadão Virtual”, de forma a agilizar a Administração Pública, removendo obstáculos legais e possibilitando uma diminuição dos custos. A ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública ressalvou também a importância da cibersegurança neste contexto.
Alexandra Leitão acrescenta ainda a necessidade de “Capacitação da Administração Pública, em parceria com instituições do Ensino Superior, no sentido de atrair jovens técnicos qualificados, possibilitando maior flexibilidade, o rejuvenescimento da Administração Pública e alavancando a capacitação digital “avançada” e simultaneamente, combatendo a infoexclusão”.
