O Novo Banco deverá tornar oficial a venda deste portefólio ao fundo Davidson Kempner, fundo que comprou também o portefólio “Nata” do Novo Banco e acrescenta agora a esta aquisição, a compra de mais um portefólio no valor de 200 milhões de euros de malparado da instituição liderada por António Ramalho. Na carteira de crédito “Nata”, com malparado no valor de 3 mil milhões de euros, comprada em 2019, estava a dívida da Ongoing, grupo falido que foi liderado por Nuno Vasconcellos, e da Sogema do milionário Bernardo Moniz da Maia.
O Projeto Wilkinson é um portefólio de crédito malparado com um montante ligeiramente acima dos 200 milhões de euros e é composto por dívidas de incumprimentos de grandes devedores. São essencialmente créditos incobráveis que não estão cobertos pelo Mecanismo de Capitalização Contingente (CCA) do Fundo de Resolução.
A venda de carteiras de malparado a fundos especializados é uma forma de reduzir de forma mais rápida o stock de malparado e desta forma reduzir os rácios de NPL (Non Performing Loans). A venda ao fundo norte-americano, acontece numa altura em que o Novo Banco prossegue os esforços para limpar o seu balanço.
A instituição bancária liderada por António Ramalho tinha acordado com Bruxelas em 2017, reduzir substancialmente o stock de crédito improdutivo.
Controlado pela Lone Star, o Novo Banco tem vindo a vender dívida em incumprimento e a desfazer-se de ativos para reduzir o seu rácio de NPL (Non Performing Loans), que foi um dos mais elevados da Europa depois da sua criação há sete anos após o desmoronar do Banco Espírito Santo.
Na corrida ao “Projeto Wilkinson” estavam também a Atena Equity Partners (em consórcio com a Blantyre) e o Bank of America Merrill Lynch, mas acabou por ser a Davidson Kempner a escolhida para esta operação.
