De acordo com os dados publicados pelo INE – Instituto Nacional de Estatística, sobre o Índice de Custos de Construção de Habitação Nova, os custos de construção cresceram 11,2% em janeiro. Estima-se que no mês em análise os custos de construção de habitação nova tenham aumentado 11,2% em termos homólogos, mais 0,3 pontos percentuais que o observado em dezembro de 2022.
No primeiro mês do ano, os preços dos materiais subiram 10,4%, desacelerando 3,7 pontos percentuais face ao mês anterior e o custo da mão de obra cresceu 12,4% (6,7% em dezembro de 2022).
De referir que o significativo aumento do custo de mão de obra não pode ser dissociado do aumento do salário mínimo (7,8%) em janeiro de 2023.
No que diz respeito ao custo dos materiais, o mesmo contribuiu com 6,0 pontos percentuais para a formação da taxa de variação homóloga do Índice de Custos de Construção de Habitação Nova (8,0 pontos percentuais em dezembro de 2022) e a componente mão de obra com 5,2 pontos percentuais (2,9 pontos percentuais no mês anterior).
Segundo o INE, entre os materiais que mais influenciaram esta variação estão o cimento, com um crescimento homólogo do preço de cerca de 30%, as madeiras e derivados de madeira, com variações superiores a 20%, e o betão pronto, com um aumento perto dos 20%.
Em janeiro de 2023, a taxa de variação mensal do ICCHN foi de 1,4%. O custo dos materiais manteve-se inalterado e o custo da mão de obra aumentou 3,5%. As componentes materiais e mão de obra contribuíram com 0,0 pontos percentuais e 1,4 pontos percentuais, respetivamente, para a formação da taxa de variação mensal do ICCHN (-0,2 p.p. e 0,1 p.p. em dezembro de 2022, pela mesma ordem).
