Crédito malparado decresce no terceiro trimestre

No terceiro trimestre de 2022, o rácio de empréstimos não produtivos bruto (NPL) apresentou uma diminuição de 0,2 pontos percentuais.

De acordo com os dados avançados pelo Banco de Portugal, relativos ao terceiro trimestre de 2022, o rácio de empréstimos não produtivos brutos (NPL) apresentou uma diminuição de 0,2 pontos percentuais, fixando-se no 3,2%, sendo que o decréscimo dos NPL (-5,0%) contribuíram para esta queda. Em termos líquidos, o rácio de NPL de imparidades fixou-se em 1,5%, menos 0,1 pontos percentuais.

A seguir a tendência estão os rácios de NPL bruto das SNF e particulares, que também registaram uma queda de 0,4 e 0,1 pontos percentuais, para 7,2% e 2,5%, respetivamente. O decréscimo dos NPL contribui mais uma vez, para esta evolução.

De forma a retratar uma diminuição dos NPL superior à das imparidades acumuladas, o rácio de cobertura dos NPL por imparidade cresceu para 53,6%, mais 0,9 pontos percentuais. No que toca às SNF, registou-se um incremento de 1,3 pontos percentuais, para 54,5%. Nos particulares, o rácio de cobertura fixou-se em 52,3%, o que se traduz numa diminuição de 0,3 pontos percentuais, para 34,4% e 63,7% nos segmentos de habitação e o de consumo e outros fins, respetivamente.

De julho a setembro, os bancos registaram, no seu conjunto, um crescimento de 1,1% do ativo total, sendo que os empréstimos a instituições de crédito e os outros ativos, na sua maioria derivados, contribuíram para o aumento em 0,3 e 0,5 pontos percentuais, respetivamente.

No que toca à rentabilidade do ativo e rendibilidade do capital próprio, observou-se um crescimento em ambos, quando comparados com o período homólogo, fixando-se respetivamente, em 0,66% (um aumento de 0,2 pontos percentuais) e 8,3% (mais 2,9 pontos percentuais). A evolução da rendibilidade refletiu o decréscimo das provisões e imparidades (+0,22 pontos percentuais para o ROA) e o crescimento da margem financeira, que contribuiu 0,19 pontos percentuais para o ROA.