Chiado apresenta valor por m2 cinco vezes superior ao registado há 30 anos

Face ao ano de 2019, o Chiado subiu duas posições, ocupando o 27º lugar a nível mundial.

A Cushman & Wakefield, consultora em serviços imobiliários, lançou hoje a 32ª edição do estudo Main Streets Across the World, que monitoriza e ordena várias localizações de retalho nas principais 92 cidades do mundo. Este ano, no que diz respeito a Portugal, o Chiado, em Lisboa ocupa a 27ª posição no ranking global, alcançando uma subida de duas posições.

A renda prime da Rua Garret, o eixo de referência no Chiado, tem apresentado uma valorização muito acentuada desde 2013, sendo esse o ano em que o comércio de rua em Portugal começou a registar um forte crescimento, está agora situado nos 1.426 euros anuais por m2, um montante cinco vezes superior ao que foi registado há 30 anos na zona mais cara da capital.

A publicação deste ranking iniciou-se em 1988 e o mesmo é baseado no valor de renda anual mais elevado em cada país analisado, sem incluir os custos de condomínio, impostos locais e outras despesas de ocupação. Até 2019 o relatório era publicado anualmente, tendo sido interrompido pela Covid-19, sendo esta a primeira edição pós-pandemia e possibilitando uma análise de competitividade dos cenários pré e pós-covid-19.

De acordo com Sandra Campos, Diretora do Departamento de Retalho da Cushman & Wakefield Portugal, “o retalho é sem dúvida um dos mais dinâmicos setores do imobiliário. Diretamente impactado pelos bons e maus acontecimentos, tem vindo a responder com grande perspicácia aos desafios mais insólitos que o mundo tem vindo a assistir, capaz de se reinventar e adaptar constantemente. A prova disso está na continuada estratégia de expansão que as marcas têm vindo a adotar, contrariando afirmações de que o retalho físico tende a assumir um papel redutor no futuro. As rendas, por seu lado, acompanham este movimento e Lisboa ocupa agora o 27º lugar no ranking das capitais mais caras do mundo. Em cerca de 30 anos o Chiado quintuplicou o seu valor e a Avenida da Liberdade, artéria de luxo da cidade, acompanha esta trajetória e regista uma procura sem precedentes.”

A responsável refere ainda que: “Para o comércio de rua o futuro é empolgante, com as novas tecnologias a abrir caminho para uma experiência online mais imersiva, os novos comportamentos do consumidor a impulsionar a inovação de produtos e modelos de negócios e as lojas assumirem cada vez mais um papel experiencial.”