O site da Câmara de Cascais informa que a autarquia propõe investir, até 2026, cerca de €200M de euros, para “garantir acesso de todos a habitação condigna e desenvolver políticas de habitação transformadoras”.
Para tal, acaba de ser aprovada por unanimidade, em Reunião de Câmara, a Estratégia Local de Habitação (ELH) desenvolvida por uma equipa da Câmara de Cascais com académicos da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.
Em números: há 10.212 pessoas (4085 famílias) para realojar em Cascais. Destas, 6.276 pessoas (2.384 famílias) estão em situação de carência habitacional e 3936 pessoas (1.701 famílias) na situação de carência económica (ou seja, ou têm casa arrendada, mas estão na iminência de despejo por dificuldades económicas), de acordo com os dados divulgados no site.
“A escassez de habitação é um problema transversal a diversas classes e estratos. O que implica que as soluções tenham de ser distintas ao abrigo de um grande programa de habitação pública que não se restringe às necessidades identificadas no programa 1º Direito”, adianta Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais.
A estratégia passa ainda por reabilitar o parque habitacional público, que é hoje 2.8% do total de casas no concelho, por forma a atingir nos próximos anos um total de 30%.
Para atingir o objetivo, a Câmara propõe “a construção de 800 novos fogos, dotar o orçamento municipal de 2022 com verbas para programas de renda acessível não apenas para população vulnerável, mas também para professores e profissionais de saúde deslocados e estudantes e ainda trabalhando os bairros para o conforto térmico e sustentabilidade ambiental e energética, um requisito essencial para o século XXI e que representa ganhos económicos para as famílias”, adianta o site.
Para acompanhar a execução do programa, a Câmara de Cascais criou um Conselho Municipal de Habitação.
