BCP, CGD e Santander põem no mercado carteiras de malparado num total de 368 Milhões

Além da carteira Harvey do Novo Banco, no valor de 640 milhões de euros, o mercado está a receber ainda mais 3 carteiras dos principais bancos portugueses, no total de 368 milhões de euros.

Após a notícia de ontem, de que a carteira de crédito malparado de grandes devedores, pertencente ao Novo Banco, designada por Projeto Harvey já se encontra no mercado, o Brainsre news Portugal apurou hoje junto de fontes do mercado a existência de três novas carteiras.

Em causa estão a carteira “Green” pertencente ao BCP, no valor de 150 milhões de euros, a carteira “Mercury” da Caixa Geral de Depósitos, no valor de 128 milhões de euros, e a carteira “Pool 54 & 55”, do Santander Totta, no valor de 90 milhões de euros.

Fontes do mercado avançam que a carteira “Green” do BCP é composta por 2 devedores, encontrando-se na fase de ofertas vinculantes. As carteiras Pool 54 & 55 constituem um só processo de venda, sendo uma com colaterais e a outra sem colaterais de crédito, também estas se encontram já na fase de ofertas vinculantes, esperando-se que a venda seja concretizada durante o mês de agosto ou início de setembro, tal como a carteira “Green”. A carteira “Mercury” da CGD é de NPLs com colaterais de crédito (secured), tendo o teaser chegado recentemente às mãos dos investidores que se encontram na fase inicial do processo das due diligences.

A notícia da entrada destas carteiras surge após o anúncio de que o banco liderado por António Ramalho colocou à venda carteira de 640 milhões de euros com dívidas de grandes devedores, o Projeto Harvey do Novo Banco engloba empréstimos em situação de incumprimento.

Os bancos têm vendido carteiras de crédito malparado, para responder às exigências das autoridades europeias a limparem os seus balanços, rumo a um rácio de 5% face ao crédito malparado, nos últimos anos. Esta concentração de carteiras no mercado demonstra sinais, por um lado, da necessidade dos bancos de continuarem a resolver os seus problemas face aos devedores, mas por outro o continuo apetite dos investidores internacionais na aquisição dessa dívida, o que acaba por ser um muito bom sinal para o nosso mercado.