Avaliação bancária subiu para 1285 euros por metro quadrado

O maior aumento registou-se na Região Autónoma dos Açores.

De acordo com os dados apresentados ontem pelo Instituto Nacional de Estatística no âmbito do Inquérito à Avaliação Bancária na Habitação, o valor mediano de avaliação bancária foi 1 285 euros em dezembro, registando mais 13 euros que o observado no mês precedente, um aumento de 1,0% face a novembro (1 272 euros/m2).  A taxa de variação fixou-se em 11,2%, valor igual ao verificado em novembro. O número de avaliações bancárias consideradas ascendeu a cerca de 30 mil, mais 14,8% que no mesmo período do ano anterior. O valor mediano de avaliação situou-se em 1 231 euros/m2 em 2021, traduzindo uma subida de 9,0% relativamente ao ano anterior.

A Região Autónoma dos Açores foi a região onde se observou um maior aumento face ao mês anterior (2,6%), tendo a Região Autónoma da Madeira apresentado a maior descida (-1,2%). O valor mediano das avaliações cresceu 11,2%, em comparação com o mesmo período do ano anterior, observando-se a variação mais intensa no Algarve (12,9%) e a menor na Região Autónoma dos Açores (3,4%).

No que diz respeito aos apartamentos, em dezembro o valor mediano de avaliação bancária foi 1 419 euros/m2, tendo aumentado 12,1% relativamente ao mesmo mês em 2020. O valor mais elevado foi apurado no Algarve (1 720 euros/m2) e o mais baixo no Alentejo (911 euros/m2). O Algarve apresentou o crescimento homólogo mais significativo (12,8%), ao passo que o Alentejo apresentou o menor (5,4%). Em comparação com novembro, o valor de avaliação cresceu 1,3%, tendo a Região Autónoma dos Açores registado a maior subida (5,9%). A única descida verificou-se na Região Autónoma da Madeira (-0,8%).  Quanto a tipologias, o valor mediano da avaliação para apartamentos T2 aumentou 25 euros, para 1 447 euros/m2, tendo os T3 subido 15 euros, para 1 263 euros/m2.

Quanto às moradias, o INE verificou que o valor mediano da avaliação bancária foi de 1 030 euros/m2 em dezembro, representando um acréscimo de 7,6% em relação ao mesmo mês do ano anterior. O Algarve foi a região onde se registaram os valores mais elevados (1 753 euros/m2) e na Área Metropolitana de Lisboa (1 722 euros/m2), tendo o Alentejo registado o valor mais baixo (829 euros/m2). O Algarve apresentou o maior crescimento homólogo (13,5%) e o menor ocorreu na Região Autónoma dos Açores (2,5%). Em comparação com o mês anterior, o valor de avaliação diminuiu 0,1%.  A Área Metropolitana de Lisboa apresentou a subida mais acentuada (1,7%), tendo o Alentejo apresentado a descida mais intensa (-1,3%). No que respeita às tipologias, o valor mediano das moradias T2 desceu 3 euros, para 973 euros/m2, tendo as T3 descido 2 euros, para 1 017 euros/m2 e as T4 aumentado 7 euros, para 1 099 euros/m2.

Numa análise por regiões e de acordo com o Índice do valor mediano de avaliação bancária, o INE observa que no período em análise, o Algarve, a Área Metropolitana de Lisboa e o Alentejo Litoral apresentaram valores de avaliação superiores à mediana do país (35%, 32% e 3%, respetivamente). Beiras e Serra da Estrela foi a região que apresentou o valor mais baixo em relação à mediana do país (-48%).