Avaliação bancária desceu para 1 414 euros por m2

O valor mediano de avaliação bancária foi 1 414 euros, o que representa menos 3 euros que o registado no mês anterior.

De acordo com os dados hoje divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística, em agosto o valor mediano de avaliação bancária foi 1 414 euros, o que representa menos 3 euros que o observado no mês anterior. A atual descida resultou da diminuição dos preços de moradias, sendo a variação mensal dos apartamentos ligeiramente positiva.

A taxa de variação fixou-se em 15,8% (16,1% em julho), em termos homólogos. No período em análise, para o apuramento do valor mediano de avaliação bancária, foram consideradas 26 272 avaliações, menos 10,4% que no mesmo período de 2021, das quais 16 651 foram apartamentos e 9 621 moradias. Quando comparado com o período anterior, realizaram-se menos 2 363 avaliações bancárias, o que corresponde a uma diminuição de 8,3%. O número de avaliações bancárias consideradas diminuiu pelo terceiro mês consecutivo.

Segundo o INE, o valor mediano de avaliação bancária, realizada no âmbito de pedidos de crédito para a aquisição de habitação, fixou-se em 1 414 euros por metro quadrado (euros/m2), tendo diminuído 0,2% face a julho (1 417 euros/m2). Face ao mês anterior, o maior aumento verificou-se na Região Autónoma dos Açores (2,7%) e a descida mais intensa apurou-se no Norte (-0,3%). O valor mediano das avaliações cresceu 15,8%, quando comparado com o mesmo período do ano anterior, registando-se a variação mais intensa no Algarve (19,0%) e a menor na Região Autónoma dos Açores (10,5%).

Em agosto, o valor mediano de avaliação bancária de apartamentos foi 1 577 euros/m2, tendo aumentado 16,3% relativamente ao mesmo período do ano precedente. Os valores mais elevados foram registados no Algarve (1 913 euros/m2) e na Área Metropolitana de Lisboa (1 875 euros/m2), tendo o Alentejo observado o valor mais baixo (1 019 euros/m2). A Região Autónoma dos Açores apresentou o crescimento homólogo mais significativo (23,2%), tendo a Região Autónoma da Madeira apresentado o menor (8,2%).

Quando comparado com o mês anterior, o valor de avaliação subiu 0,1%, apurando-se a maior subida na Região Autónoma dos Açores (8,1%). A única descida verificou-se na Área Metropolitana de Lisboa (-0,3%). O valor mediano da avaliação para apartamentos T2 subiu 8 euros, para 1 597euros/m2, tendo os T3 descido 1 euro, para 1 403 euros/m2. No seu conjunto, estas tipologias representaram 78,9% das avaliações de apartamentos realizadas no período em análise.

No que diz respeito às moradias, o valor mediano da avaliação bancária foi de 1 126 euros/m2 no mês em análise, o que representa um acréscimo de 14,1% em relação a agosto de 2021. Os valores mais elevados registaram-se no Algarve (2 037 euros/m2) e na Área Metropolitana de Lisboa (1 926 euros/m2), tendo o Alentejo e o Centro observado os valores mais baixos (898 euros/m2 e 913 euros/m2, respetivamente).

De acordo com os dados divulgados, o Algarve apresentou o maior crescimento homólogo (28,1%) e o menor ocorreu na Região Autónoma dos Açores (8,2%). Face ao mês anterior, o valor de avaliação desceu 0,3%. A Região Autónoma da Madeira apresentou o crescimento mais expressivo (3,9%), tendo-se observado a maior descida no Alentejo (-1,4%). O valor mediano das moradias T2 subiu 6 euros, para 1 080 euros/m2, tendo as T3 descido 4 euros, para 1 107 euros/m2 e as T4 subido 6 euros, para 1 198 euros/m2. Estas tipologias representaram, no seu conjunto, 88,6% das avaliações de moradias realizadas no período em análise.

Numa análise por Regiões, em agosto de 2022, o Algarve, a Área Metropolitana de Lisboa e o Alentejo Litoral apresentaram valores de avaliação 37,3%, 33,2% e 8,7%, respetivamente, superiores à mediana do país. Beiras e Serra da Estrela foi a região que apresentou o valor mais baixo em relação à mediana do país (-47,1%).