Avaliação bancária atinge 1429 euros por metro quadrado em Setembro

O valor representa mais 15 euros que o registado em Agosto.

De acordo com os dados ontem divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística, a Avaliação bancária subiu para 1429 euros por metro quadrado, em setembro, valor que representa mais 15 euros que o observado no mês anterior. Em termos homólogos, a taxa de variação fixou-se em 15,6% (15,8% em agosto).

O número de avaliações bancárias consideradas, cerca de 26 mil, decresceu pelo quarto mês consecutivo, traduzindo uma diminuição de 8,7% comparativamente ao mesmo período do ano anterior e menos 22,0% que em maio último, mês em que se observou o máximo da série.

No mês em análise, o valor mediano de avaliação bancária, realizada no âmbito de pedidos de crédito para a aquisição de habitação, fixou-se em 1 429 euros por metro quadrado (euros/m2), tendo crescido 1,1% face ao mês anterior (1 414 euros/m2). A maior subida face ao mês de agosto verificou-se na Região Autónoma da Madeira (1,1%) e o único abrandamento apurou-se na Região Autónoma dos Açores (-0,6%). Face ao mesmo período do ano anterior, o valor mediano das avaliações aumentou 15,6%, verificando-se a variação mais expressiva no Algarve (17,8%) e a menor na Região Autónoma da Madeira (10,5%).

No que diz respeito aos apartamentos, o valor mediano de avaliação bancária de apartamentos foi 1 591 euros/m2, em setembro, tendo subido 16,2% relativamente a setembro de 2021. Os valores mais altos foram registados no Algarve (1 949 euros/m2) e na Área Metropolitana de Lisboa (1 888 euros/m2), tendo o Alentejo apurado o valor mais baixo (1 024 euros/m2). Segundo o INE; a Região Autónoma dos Açores apresentou o crescimento homólogo mais expressivo (27,2%), tendo a Região Autónoma da Madeira apresentado o menor (7,3%). Quando comparado com o mês precedente, o valor de avaliação aumentou 0,9%, observando-se a maior subida na Região Autónoma dos Açores (3,2%) e a menor no Norte (0,3%). O valor mediano da avaliação para apartamentos T2 subiu 10 euros, para 1 607euros/m2, tendo os T3 descido 1 euro, para 1 402 euros/m2. Estas tipologias representaram, no seu conjunto, 78,8% das avaliações de apartamentos realizadas no período em análise.

Quanto às moradias, o valor mediano da avaliação bancária foi de 1 136 euros/m2 em setembro, o que representa um crescimento de 13,8% em relação ao mesmo mês de 2021. Os valores mais altos registaram-se no Algarve (2 019 euros/m2) e na Área Metropolitana de Lisboa (1 961 euros/m2), tendo o Alentejo e o Centro apurado os valores mais baixos (907 euros/m2 e 923 euros/m2, respetivamente). O Algarve apresentou o maior crescimento homólogo (24,4%) e o menor ocorreu na Região Autónoma dos Açores (7,4%).

Quando comparado com o mês anterior, o valor de avaliação cresceu 0,9%. A Área Metropolitana de Lisboa foi a região que apresentou o aumento mais acentuado (1,8%), tendo-se observado um maior decréscimo na Região Autónoma dos Açores (-2,3%). O valor mediano das moradias T2 subiu 38 euros, para 1 118 euros/m2, tendo as T3 subido 1 euro, para 1 108 euros/m2 e as T4 subido 29 euros, para 1 227 euros/m2. No seu conjunto, estas tipologias representaram 88,3% das avaliações de moradias realizadas em setembro.

De acordo com o Índice do valor mediano de avaliação bancária realizado pelo INE, no mês em análise, o Algarve, a Área Metropolitana de Lisboa e o Alentejo Litoral apresentaram valores de avaliação 36,7, 33,0% e 9,6%, respetivamente, superiores à mediana do país. Alto Tâmega foi a região que apresentou o valor mais baixo em relação à mediana do país (-47,3%).

Quanto ao número de avaliações bancárias, foram consideradas 25 834 avaliações, para o apuramento do valor mediano de avaliação bancária de setembro. No total, contabilizam menos 8,7% que no mesmo período do 2021, e menos 22,0% que em maio último, mês em que se registou o máximo da série, das quais 16 325 foram apartamentos e 9 509 moradias. Em comparação com o período anterior, realizaram-se menos 438 avaliações bancárias, o que corresponde a um decréscimo de 1,7%.