Alojamento turístico ultrapassa níveis pré-pandemia em janeiro

O mercado britânico representou 14,8% do total de dormidas de não residentes.

De acordo com os dados divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística, relativo à atividade turística, o setor do alojamento turístico registou 1,5 milhões de hóspedes e 3,5 milhões de dormidas, em janeiro de 2023, correspondendo a aumentos de 72,5% e 74,5%, respetivamente (+45,5% e +45,8% em dezembro de 2022, pela mesma ordem).

Em comparação com janeiro de 2020, quando ainda não se observavam efeitos da pandemia, apuraram-se subidas de 3,2% e 6,5%, respetivamente. No mês em análise, o mercado interno contribuiu com 1,2 milhões de dormidas (+38,7%) e os mercados externos representaram 2,3 milhões de dormidas (+101,3%). Face a janeiro de 2020, verificaram-se incrementos de 10,0% nas dormidas de residentes e 4,8% nas de não residentes.

Segundo o INE, o mercado britânico representou 14,8% do total de dormidas de não residentes, seguindo-se os mercados alemão (11,3%) e espanhol (10,2%). A taxa líquida de ocupação-cama nos estabelecimentos de alojamento turístico (29,4%) cresceu 10,9 pontos percentuais em janeiro (+7,9 p.p. em dezembro). A taxa líquida de ocupação-quarto (37,0%) subiu 13,6 pontos percentuais. (+9,3 p.p. em dezembro). No mês em estudo, 35,5% dos estabelecimentos de alojamento turístico estiveram encerrados ou não registaram movimento de hóspedes (33,0% em dezembro).

As dormidas na hotelaria (81,9% do total) cresceram 77,1% (+2,7% face a janeiro de 2020). As dormidas nos estabelecimentos de alojamento local (peso de 15,6% do total) aumentaram 71,2% (+25,3% face a janeiro de 2020) e as de turismo no espaço rural e de habitação (quota de 2,5%) subiram 28,1% (+45,8% comparando com janeiro de 2020). No mês em análise, 35,5% dos estabelecimentos de alojamento turístico estiveram encerrados ou não registaram movimento de hóspedes (33,0% em dezembro).

A totalidade dos dezassete principais mercados emissores apurou subidas em janeiro, tendo representado 83,8% das dormidas de não residentes. O mercado britânico representou 14,8% do total das dormidas de não residentes, seguindo-se os mercados alemão (11,3%) e espanhol 10,2% do total. Face a janeiro de 2020, destacam-se os decréscimos nas dormidas de hóspedes britânicos (-3,2%), suecos (-19,6%), brasileiros (-15,4%) e dinamarqueses (-15,1%). Os maiores aumentos registaram-se nos mercados norte-americano (+53,1%), polaco (+65,4%) e irlandês (+48,1%), tendo também aumentado nos hóspedes alemães (+9,9%) e espanhóis (+11,4%).

Numa análise por regiões, a Área Metropolitana de Lisboa concentrou 32,6% das dormidas, seguindo-se o Norte (17,6%), a Região Autónoma da Madeira (17,0%) e o Algarve (16,3%). Face a janeiro de 2020, também se observaram aumentos em todas as regiões, especialmente na Região Autónoma da Madeira (+20,9%), Centro (+6,2%) e Norte (+5,3%). No que respeita às dormidas de residentes, todas as regiões apuraram variações positivas, destacando-se a  Região Autónoma da Madeira (+78,8%), Centro (+11,4%) e Região Autónoma dos Açores (+8,0%). Nas dormidas de não residentes, os principais aumentos observaram-se na Região Autónoma da Madeira (+14,7%), Norte (+5,3%) e ÁREA Metropolitana de Lisboa (+3,7%) e, em sentido contrário, registaram-se decréscimos no Alentejo (-5,0%) e Centro (-4,9%). No Algarve as dormidas de não residentes atingiram o mesmo nível de janeiro de 2020.

De acordo com os dados apresentados pelo INE, em janeiro, a estada média nos estabelecimentos de alojamento turístico (2,37 noites) cresceu 1,1% (+0,3% em dezembro). A estada média dos residentes (1,71 noites) subiu 0,8% e a dos não residentes (2,95 noites) decresceu 9,7%. Os valores mais elevados observaram-se na Região Autónoma da Madeira (4,59 noites) e Algarve (3,69 noites).