Alojamento turístico registou 288,6 milhões de euros de proveitos totais em novembro de 2022

O mercado interno contribuiu com 1,3 milhões de dormidas e os mercados externos totalizaram 2,9 milhões de dormidas.

De acordo com os dados avançados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística – INE, o setor do alojamento turístico registou 1,7 milhões de hóspedes e 4,2 milhões de dormidas em novembro de 2022, o que se traduz em variações de -1,0% e +4,3%, respetivamente, face ao mesmo mês de 2019.

Em relação ao número de dormidas em novembro, os mercados externos predominaram (peso de 68,9%), totalizando 2,9 milhões de dormidas (+26,4%), e o mercado interno contribuiu com 1,3 milhões de dormidas, apresentando uma evolução positiva (+6,3%). No conjunto dos primeiros onze meses de 2022, as dormidas cresceram 89,4% (+22,4% nos residentes e +157,7% nos não residentes). Quando comparado com o mesmo período no ano de 2019, as dormidas apresentaram uma queda de 1,2% (-5,3% nos não residentes e +8,4% nos residentes).

A nível das regiões, o mês de novembro registou um crescimento positivo das dormidas em todas as regiões, face ao mesmo período em 2021. A Área Metropolitana de Lisboa centralizou 32,9% das dormidas, com o Algarve o Norte a registar 17,5%. Face a 2019, o Algarve (-5,4%), Centro (-2,3%) e Alentejo (-1,6%) registaram decréscimos, enquanto que as maiores subidas ocorreram na Região Autónoma da Madeira (+24,9%), RA Açores (+8,3%) e AM Lisboa (+5,0%).

No que toca a dormidas de residentes, a Região Autónoma da Madeira evidencia-se com um aumento de 57,1% face a 2019. Os maiores decréscimos registaram-se no Alentejo (-5,8%) e no Centro (-5,6%). Em relação a dormidas de não residentes, todas as regiões registaram aumentos, à exceção do Algarve (-6,9%), quando comparado com 2019.

Em novembro de 2022, o Munícipio de Lisboa alcançou 1,1 milhões de dormidas (quota de 25,5% do total), e quando comparado ao mesmo periodo de 2019, as dormidas cresceram 3,2% (-2,0% nos residentes e +4,4% nos não residentes). No Funchal foram registadas 449,2 mil dormidas (quota de 10,6% do total), o que se traduz num aumento de 23,8% em relação a novembro de 2019 (+66,3% nos residentes e +19,0% nos não residentes). Já o Porto apresentou 338,3 mil dormidas (quota de 8,0% do total), um crescimento de 5,2% face ao mesmo mês de 2019 (-0,1% nos residentes e +6,6% nos não residentes). Em Albufeira, foram registadas 227,7 mil dormidas, o que se traduz numa quota de 5,4% do total, o que significa que é o município com o maior decréscimo (-21,3%), face a novembro de 2019 (-16,6% nos residentes e -22,2% nos não residentes).

De janeiro a novembro de 2022, face a igual período de 2019, Lisboa registou uma queda de -5,2% (-0,5% nos residentes e -6,1% nos não residentes) e albufeira diminuiu 15,9% (-9,2% nos residentes e -17,8% nos não residentes). Nos municípios do Funchal e do Porto, as dormidas aumentaram 11,8% (+76,8% nos residentes e +4,0% nos não residentes) e 4,2% (+7,5% nos residentes e +3,5% nos não residentes), respetivamente.

A taxa líquida de ocupação-cama, nos estabelecimentos de alojamento turístico (35,3%), teve um aumento de 3,3 pontos percentuais no mês de novembro (+6,5 pontos percentuais no mês anterior), quando comparado com o mesmo período de 2021, e fixando-se ligeiramente acima do valor que foi registado em novembro de 2019 (35,2%). Foi na Região da Madeira (57,1%) e Lisboa (49,1%), que as taxas líquidas foram mais elevadas, bem como um crescimento significativo neste indicador (+4,8 pontos percentuais e +6,4 pontos percentuais, respetivamente). Face ao mesmo período de 2019, apenas foram verificados crescimentos na Região Autónoma da Madeira (+8,4 pontos percentuais) e na Região Autónoma dos Açores (+2,1 pontos percentuais).

Nos estabelecimentos de alojamento turístico (45,4%), a taxa líquida de ocupação-quarto cresceu 4,6 pontos percentuais, no mês de novembro (+9,2 pontos percentuais em outubro, colocando-se de forma ligeira abaixo do valor registado em novembro de 2019 (45,6%).

No tópico dos proveitos totais, estes aumentaram 36,8%, alcançando 288,6 milhões de euros. Já os proveitos de aposento cresceram 40,3%, com um valor de 214,2 milhões de euros. Face a novembro de 2019, os aumentos foram de 25,5% e 29,2%, respetivamente. De janeiro a novembro de 2022, os proveitos totais registaram um crescimento de 118,2% e os relativos a aposento aumentaram 120,4%. Comparando estes valores com igual período de 2019, os aumentos são de 16,2% e 17,4%, respetivamente.

No mês em análise, a Área Metropolitana de Lisboa arrecadou 43,7% dos proveitos totais e 47,0% dos proveitos de aposento, seguindo-se do Norte (15,9% e 16,0%, respetivamente), e o Algarve (13,6% e 11,8%, respetivamente).

A evolução dos proveitos demonstrou-se positiva nos três segmentos de alojamento, nos primeiros onze meses de 2022. Face ao mesmo período de 2019, os proveitos totais na hotelaria aumentaram 14,8% e relativos ao de aposento 16,1% (com pesos de 87,3% e 85,6% do alojamento turístico). Os estabelecimentos de alojamento local, com quotas de 8,7% e 10,3%, registaram aumentos de 14,4% e 15,3%              . Já no turismo no espaço rural e de habitação (quota de 3,9% e 4,1%), as subidas alcançaram 64,2% e 61,9%, respetivamente.

Relativamente ao rendimento médio por quarto disponível (RevPAR), e no conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, atingiu 39,8 euros em novembro, um aumento de 31,4% quando comparado a novembro do ano anterior (+41,7% em outubro), e 23,8% face ao mesmo período de 2019.

Os valores do RevPAR mais elevados foram observados na Área Metropolitana de Lisboa (78,8 euros) e na Região Autónoma da Madeira (49,3 euros). Desde o início do ano, este indicador aumentou 72,6%, com crescimentos de 74,6% na hotelaria, 83,6% no alojamento local e 18,4% no turismo no espaço rural e habitação.