De acordo com os dados publicados na passada sexta-feira (30 de dezembro) pelo Instituto Nacional de Estatística – INE, no âmbito da atividade turística, o setor do alojamento turístico registou, em novembro, 1,7 milhões de hóspedes e 4,2 milhões de dormidas, o que corresponde a crescimentos de 19,7% e 19,4%, respetivamente (+23,6% e +23,8% em outubro, pela mesma ordem).
Face a novembro de 2019, observaram-se variações de -1,0% e +4,3%, respetivamente. No período em análise, o mercado interno contribuiu com 1,3 milhões de dormidas (+6,3%), enquanto que os mercados externos predominaram, totalizando 2,9 milhões de dormidas (+26,4%).
Entre janeiro e novembro de 2022, as dormidas cresceram 89,4% (+22,4% nos residentes e +157,7% nos não residentes). Quando comparado ao mesmo período de 2019, as dormidas diminuíram 1,2%, fruto do decréscimo das dormidas de não residentes (-5,3%), enquanto que as de residentes aumentaram 8,4%. Em novembro, 31,6% dos estabelecimentos de alojamento turístico estiveram encerrados ou não observaram qualquer movimento de hóspedes (35,8% em novembro de 2021).
Segundo o INE, as dormidas em hotelaria (peso de 82,3% do total de dormidas) subiram 19,0% (mais 3,0% face a novembro de 2019). Já os estabelecimentos de alojamento local (14,9% do total) cresceram 23,9% (+6,8% quando comparado a novembro de 2019) e o turismo no espaço rural e de habitação (quota de 2,8%) apresentou um aumento de 9,5% (+38,6% face a novembro de 2019).
No período em análise, o mercado interno contribuiu com 1,3 milhões de dormidas, o que se traduz numa evolução positiva (+6,3%). Já os mercados externos predominaram (peso de 68,9%) e contabilizaram 2,9 milhões de dormidas, um aumento de 26,4%. Quando comparado com o mesmo período de 2019, as dormidas de residentes cresceram 0,8% e as de não residentes seguiram o padrão, com um aumento de 5,9%. No caso dos não residentes, este crescimento é o mais elevado face a 2019, desde o início da pandemia.
De acordo com a análise, o mercado britânico (14,7% do total das dormidas de não residentes em novembro) apresentou uma queda de 1,8% face a novembro de 2019. Em relação ao mesmo período, o mercado alemão (quota de 12,8%) registou um aumento de dormidas em 2,8%, bem como o mercado norte-americano (+42,7%), com uma quota de 8,8% do total, e o mercado francês (quota de 7,7% do total) com um crescimento de 19,1%. O mercado espanhol, embora apresente uma quota igual à do mercado norte-americano (8,8% do total), registou uma evolução de -7,8% de dormidas, face a novembro de 2019. Do grupo dos 17 principais mercados emissores, destacam-se os aumentos dos mercados checo (+94,1%), polaco (+50,4%) e irlandês (+36,2%).
Numa excursão pelas regiões, em novembro registaram aumento das dormidas em todas as regiões. A Área Metropolitana de Lisboa concentrou 32,9% das dormidas, seguida pelo Algarve e o Norte (17,5% em ambas). Em relação a novembro de 2019, foram observados decréscimos no Algarve (-5,4%), no Centro (-2,3%) e Alentejo (-1,6%), ao passo que os maiores aumentos foram registados na Região Autónoma da Madeira (+24,9%) e na Região Autónoma dos Açores (+8,3%). Quanto às dormidas de residentes, a Região Autónoma da Madeira destaca-se com um aumento de 57,2% face a 2019, sendo que as maiores diminuições foram observadas no Alentejo (-5,8%) e Centro (-5,6%). Face ao mesmo período, todas as regiões registaram um crescimento nas dormidas de não residentes, exceto a região do Algarve (-6,9%), tendo os aumentos mais elevados ocorrido na Região Autónoma da Madeira (+21,0%), na Região Autónoma dos Açores (+14,7%), Norte (+8,8%), Alentejo (+8,0%) e AM Lisboa (+6,1%).
No que toca à estada média dos residentes (1,77 noites), a mesma aumentou 0,2%, contrariando o decréscimo de 4,6% na estada média dos não residentes (2,95 noites). A estada média nos estabelecimentos de alojamento turístico (2,44 noites) diminuiu 0,3% (+0,1% em outubro). A Região Autónoma da Madeira e o Algarve voltaram uma vez mais a registar os valores mais elevados da estada média, 4,69 noites e 3,82 noites, respetivamente.