De acordo com os dados publicados pelo Instituto Nacional de Estatística – INE, no âmbito da Atividade Turística, o setor do alojamento turístico registou, em dezembro, 1,6 milhões de hóspedes e 3,7 milhões de dormidas, o que corresponde a crescimentos de 44,2% e 44,6%, respetivamente (+19,8% e +19,1% em novembro, pela mesma ordem).
Face a dezembro de 2019, observaram-se variações de +1,9% e +5,5%, respetivamente. No período em análise, o mercado interno contribuiu com 1,4 milhões de dormidas (+28,3%), enquanto que os mercados externos totalizaram 2,3 milhões de dormidas (+57,1%).
Segundo o INE, as dormidas em hotelaria (peso de 81,7% do total) subiram 46,5% (mais 4,7% face a dezembro de 2019). Já os estabelecimentos de alojamento local (15,0% do total) cresceram 39,1% (+2,8% quando comparado a dezembro de 2019) e o turismo no espaço rural e de habitação (quota de 3,4%) apresentou um aumento de 27,3% (+54,5% face a dezembro de 2019).
Os resultados preliminares de 2022, revelam que os hóspedes alcançaram 26,5 milhões e as dormidas 69,5 milhões, a que corresponderam aumentos anuais de 83,3% e 86,3%, respetivamente (+38,6% e +44,7% em 2021). Face a 2019, os hóspedes decresceram 2,3% e as dormidas diminuíram 0,9%. No ano em análise, as dormidas na hotelaria (82,2% do total) foram as que mais subiram (+89,3%), ficando ainda abaixo dos níveis de 2019 (-1,4%). Já nos estabelecimentos de alojamento local (14,1% do total), registou-se um crescimento de 84,4% (-4,1% face a 2019) e no turismo no espaço rural e de habitação (quota de 3,7%) um crescimento de 41,6%, tendo sido este último o único segmento a superar os valores do período pré-pandemia (+32,5% face a 2019).
Em dezembro, o mercado interno contribuiu com 1,4 milhões de dormidas, o que se traduz numa evolução de 28,3%. Já os mercados externos totalizaram 2,3 milhões de dormidas (+57,1%). Quando comparado com o mesmo período de 2019, as dormidas de residentes cresceram 11,4% e as de não residentes seguiram o mesmo padrão, com um aumento de 2,1%.
Na globalidade de 2022, as dormidas aumentaram 86,3% face a 2021 (+149,8% nos não residentes e +22,8% nos residentes). No entanto, este crescimento não foi suficiente para alcançar os níveis pré-pandemia, ficando 0,9% abaixo dos valores de 2019, o que se reflete na diminuição das dormidas de não residentes (-5,0%), uma vez que as dormidas de residentes subiram 8,6%. Contrariando a tendência dos dois anos anteriores, as dormidas de não residentes superaram as de residentes (67,0% do total de dormidas), ainda que ligeiramente abaixo do peso que tinham em 2019 (69,9% do total).
De acordo com a análise, em dezembro, o mercado Espanhol representou 15,0% do total de dormidas de não residentes, tendo apresentado uma queda de 8,2% face a dezembro de 2019. Seguiram-se os mercados Britânico (quota de 14,2%), que decresceu 1,7% face a dezembro de 2019, e Alemão (quota de 10,7%), que aumentou 0,4% face ao mesmo período. Do grupo dos 17 principais mercados emissores, destacam-se também os crescimentos dos mercados checo (+95,4%), norte americano (+43,0%) e polaco (+38,0%).
Em 2022, o Reino Unido manteve-se como principal mercado emissor, representando 19,3% das dormidas de não residentes e quase duplicando quando comparado a 2021 (+191,9%). Seguiram-se os mercados alemão (peso de 11,5%), que diminuiu 9,4% face a 2019, espanhol (quota de 10,8%; -3,9% face a 2019) e francês (quota de 9,3%; -5,2% face a 2019). No conjunto do ano de 2022, todos os 17 principais mercados emissores observaram aumentos nas dormidas, sendo os mais significativos os dos mercados norte americano (+327,4%, +26,9% face a 2019), brasileiro (+265,1%, -23,3% face a 2019) e irlandês (+246,6%, +8,1% face a 2019).
Numa excursão pelas regiões, em dezembro, registaram-se crescimentos das dormidas em todas as regiões. A Área Metropolitana de Lisboa concentrou 31,9% das dormidas, seguindo-se o Norte (19,8%), a Região Autónoma da Madeira (15,3%) e o Algarve (14,8%).
Quando comparado com 2019, os maiores aumentos ocorreram na Região Autónoma da Madeira (+11,8%), seguida do Norte (+6,9%) e Região Autónoma dos Açores (+5,1%), sendo que se verificaram diminuições no Algarve (-8,6%), Área Metropolitana de Lisboa (-3,5%) e Centro (-0,2%). No que diz respeito às dormidas de residentes, todas as regiões registaram variações positivas, com destaque para a Região Autónoma da Madeira (+62,7%), seguida do Norte (+10,7%), Centro (+9,8%) e Alentejo (+8,0%). Nas dormidas de não residentes, os principais crescimentos verificaram-se na Região Autónoma dos Açores (+5,1%), Região Autónoma da Madeira (+4,5%) e Norte (+4,3%) e, contrariando a tendência, as maiores diminuições observaram-se no Centro (-13,1%) e Algarve (-11,3%).
A estada média, em dezembro, nos estabelecimentos de alojamento turístico (2,30 noites) cresceu 0,3% (-0,5% em novembro). Já a estada média dos residentes (1,74 noites) subiu 1,0% e a dos não residentes (2,89 noites) diminuiu 6,3%. Os valores mais elevados verificaram-se na Região Autónoma da Madeira (4,62 noites) e Algarve (3,41 noites).
No conjunto de 2022, a estada média (2,62 noites) cresceu 1,6%, no entanto, registaram-se decréscimos na estada média dos residentes (-6,5%; 2,04 noites) e dos não residentes (-3,4%; 3,05 noites). O Alentejo (-4,0%), o Centro (-0,9%) e a Região Autónoma da Madeira (-0,2%) observaram diminuições nas estadas médias, tendo o maior crescimento ocorrido no Norte (+4,0%).