A importância do investimento estrangeiro em Portugal

O interesse dos investidores estrangeiros no mercado português continua muito intenso, com o país a ser considerado o mercado imobiliário mais dinâmico da Europa Ocidental, para isso foram um forte contributo tanto os vistos gold, como os benefícios fiscais.

O clima favorável, a língua, a estabilidade política e social, a segurança, as praias, a história, a cultura, a boa gastronomia, os vinhos, a relação qualidade/preço e o fato de os portugueses serem simpáticos e anfitriões hospitaleiros, são alguns dos fatores que colocam Portugal em lugares de topo do ranking de melhor destino para o investimento imobiliário. Estas são somente algumas caraterísticas que facilitam a decisão, aliadas a uma conjuntura financeira favorável e muitos dos que por aqui passaram viram oportunidades no mercado, o que aumentou ainda mais a internacionalização do mercado imobiliário.

São cada vez mais as pessoas de várias nacionalidades que nos procuram com o objetivo de investir no mercado imobiliário Português, e desde há alguns anos que um número crescente de pessoas elege Portugal, e nomeadamente Lisboa e o Algarve, para residir, trabalhar ou investir. A pandemia veio acentuar ainda mais esta tendência devido à qualidade de vida e potencial em crescimento que o nosso país oferece.

No entanto. esta tendência começou a ser notória há umas décadas atrás principalmente após o boom do turismo, em que o investimento imobiliário começou a crescer exponencialmente, os estrangeiros começaram a descobrir o país após uma visita e depois apaixonaram-se por Portugal, pelo seu vasto conjunto de recursos, com o desejo de regressar e/ou criar raízes, dando consistência à internacionalização do mercado imobiliário. Deve fazer-se referência também às Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores, dois cartões de visita do Oceano Atlântico.

O país tem também excelentes vias de comunicação, além de uma boa rede ferroviária, exibe uma das redes viárias mais desenvolvidas da Europa, destacando-se ainda a rede aeroportuária. De salientar a localização do Aeroporto de Lisboa, dentro da cidade, ao contrário da maioria das capitais europeias, fator que diminui o tempo de viagem e aumenta a mobilidade dos investidores.

Portugal é assim o destino ideal para investir e viver, mas também uma porta aberta para diversos mercados internacionais. Este investimento estrangeiro ajudou a colocar Lisboa no topo de um dos principais destinos turísticos da Europa Ocidental, reabilitando imóveis e transformando alguns em arrendamentos de curto prazo.  Esta mudança no imobiliário trouxe transformações no tecido social e os subúrbios que em tempos não eram bem vistos, hoje são um centro de residentes de estrangeiros e local eleito para instalação de empresas. Contudo, não é só o mercado habitacional que se encontra em crescimento, também os escritórios, a logística, os centros comerciais e até grandes supermercados, têm sido objeto de um aumento da procura.

Um estudo da Associação Portuguesa de Resorts (APR) que veio a público em julho de 2021, revela que cada euro investido por um estrangeiro numa habitação em Portugal gera sete euros para a economia do país. Franceses e britânicos são as nacionalidades que mais casas compram em Portugal, o que acaba por ser positivo para a economia, mas de acordo com a análise são os chineses que gastam mais. Pedro Fontainhas, diretor executivo da associação, referiu que oimpacto em cinco anos é quase sete vezes superior ao investimentoinicial em Portugal de cada novo residente, seja ele estrangeiro ou português regressado. Já era do conhecimento geral que o investimento de um estrangeiro em Portugal tinha um efeito multiplicador direto na economia e que este poderia incluir gastos vários, passando pela aquisição de bens de consumo e despesas de restauração até o recurso a serviços diversos a empresas de limpeza ou decoração.

Investidores estrangeiros podem também assumir valores muito elevados em instrumentos de dívida (empréstimos e/ou carteiras obrigacionistas). Esta prática permite, que os investidores entrem nas empresas sem terem de injetar capital novo ou que apenas tenha de injetar uma parte, limpando assim a dívida e libertando muitos negócios de uma situação de alta dependência face aos bancos, o que mais uma vez se verifica como fundamental para a economia do país.