161 propostas apresentadas para exploração de sete imóveis do Revive Natureza

Os concursos para a exploração de sete imóveis públicos devolutos afetos ao Fundo Revive Natureza, receberam 161 propostas.

Em causa estão antigos postos fiscais e casas de guardas-florestais. Segundo o Eco Sapo, o Ministério da Economia informou em comunicado, terem sido apresentadas propostas a todos os imóveis, sendo que os que tiveram mais procura foram os antigos postos fiscais do Burgau, de Sagres e da Foz do Lima, com 94, 33 e 16 propostas recebidas, respetivamente.

Foram ainda a concurso os direitos de exploração da Casa da Vela que recebeu sete propostas, a antiga sede dos Serviços Florestais – Quinta do Seixal, com seis propostas, a antiga sede da Guarda Fiscal na Figueira da Foz, com três propostas, e duas moradias em Leiria com duas propostas.

Este é o segundo lote de imóveis públicos devolutos afetos ao Fundo Revive Natureza posto a concurso pela Turismo de Fundos, tendo o prazo para apresentação de candidaturas decorrido entre 18 de novembro e 18 de março.

O Fundo Revive Natureza foi criado em outubro de 2019 e é operacionalizado através de um Fundo Imobiliário Especial, gerido pela Turismo Fundos, tendo a seu cargo numa fase inicial a gestão de 96 imóveis do Estado: 38 no Norte, 44 no Centro, cinco em Lisboa, dois no Alentejo e sete no Algarve.

O Fundo Revive Natureza poderá vir a conceder financiamento às entidades a quem for atribuído o direito de exploração dos imóveis, de forma a criar “as melhores condições para a concretização dos respetivos investimentos”. O programa contempla uma verba de cinco milhões de euros, do Turismo de Portugal, para financiar a recuperação dos imóveis referidos.

De acordo com explicação do ministério, à Turismo Fundos (sociedade comercial constituída em 1995 mediante uma parceria entre o Turismo de Portugal, a Caixa Geral de Depósitos e o Novo Banco, responsável pela administração, gestão e representação de fundos imobiliários) cabe fazer “a gestão global” desta rede de imóveis, que estão distribuídos de norte a sul do país e entre os quais se contam, na sua maioria, antigas casas de guardas-florestais e antigos postos fiscais. Estes serão “arrendados ou concessionados para fins turísticos, através de concurso, ficando sujeitos a um conjunto de regras de utilização e de gestão em rede, nomeadamente quanto ao uso da marca Revive Natureza, consumo de produtos locais, sustentabilidade ambiental e valorização do território”, refere o Eco Sapo.

Citada no comunicado, a secretária de Estado de Turismo, Rita Marques, afirma que “a recuperação e valorização de imóveis públicos, devolutos há décadas, na sua maioria localizados em espaços com valores patrimoniais naturais, que dispõem de um elevado potencial de atração turística, continua a ser uma prioridade”. Rita Marques, acrescenta ainda que “Mais uma vez, o interesse por parte dos privados na recuperação e valorização destes ativos ultrapassou as melhores expectativas, evidenciando que o mercado acredita no futuro do setor”.